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17 de dezembro de 2025

Vivo anuncia fim de serviço no Brasil a partir de 31 de dezembro de 2025

Vivo confirma o fim de um serviço tradicional no Brasil a partir de 31 de dezembro e revela como será a transição para um novo modelo.

A Vivo anunciou uma mudança que marca o fim de uma era no setor de telecomunicações brasileiro. A partir de 31 de dezembro de 2025, a operadora encerrará oficialmente a concessão de telefonia fixa no Brasil, um dos serviços mais tradicionais da empresa. A decisão representa uma virada estratégica e acompanha a transformação do mercado, cada vez mais voltado à conectividade digital.

A medida ocorre em alinhamento com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que vem promovendo a modernização das regras do setor. Com isso, as operadoras deixam o antigo regime de concessão pública e passam a atuar sob autorização privada, modelo considerado mais compatível com a atual demanda dos consumidores.

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Por que a Vivo decidiu encerrar o serviço?

Nos últimos anos, a procura por linhas fixas caiu de forma acelerada, enquanto aumentou significativamente o uso de internet banda larga, telefonia móvel e aplicativos digitais. Diante desse cenário, a Vivo optou por concentrar seus esforços em tecnologias mais modernas, capazes de atender às novas necessidades dos usuários.

Apesar do encerramento da concessão, a empresa afirma que a telefonia fixa não desaparecerá totalmente. O serviço seguirá ativo em regiões onde ainda não existem alternativas tecnológicas viáveis, garantindo atendimento mínimo à população.

O que muda com o novo modelo da Vivo

A partir de 2026, a Vivo passa a operar oficialmente como prestadora privada, ganhando mais flexibilidade para investir e expandir suas redes. O foco principal será a ampliação da fibra óptica e o fortalecimento da cobertura móvel, incluindo áreas rurais e regiões com menor acesso à conectividade.

Segundo o plano divulgado, a operadora prevê investir cerca de R$ 4,5 bilhões na expansão de redes de fibra óptica em 121 municípios brasileiros. Além disso, parte dos recursos será destinada à manutenção da telefonia fixa onde ela ainda é essencial.

Conectividade e futuro digital

Com a transição, a Vivo pretende se posicionar ainda mais como uma empresa de soluções integradas, unindo internet, telefonia móvel e serviços digitais. O avanço do 5G e a digitalização acelerada de serviços estão no centro dessa nova estratégia.

A expectativa da operadora é contribuir para a redução da desigualdade digital no país, ampliando o acesso à internet de qualidade e fortalecendo a infraestrutura de comunicação.

Desafios e cobranças na transição

Apesar dos investimentos anunciados, a Vivo segue sob atenção de órgãos de defesa do consumidor. Procons de diferentes estados têm cobrado explicações sobre falhas recorrentes de sinal e instabilidade nos serviços, especialmente em municípios do interior.

Essas cobranças reforçam a necessidade de que a mudança de modelo aconteça sem prejuízo aos usuários. A expectativa é que os investimentos prometidos se traduzam em melhorias reais na qualidade dos serviços, principalmente nas regiões mais afetadas por problemas de infraestrutura.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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