A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição imediata de diversos suplementos e medicamentos irregulares, incluindo produtos divulgados como “Mounjaro natural”. As decisões foram publicadas na última segunda-feira (15/12) e abrangem todo o território nacional.
Segundo a Anvisa, os itens apresentavam falta de registro sanitário, origem desconhecida e propaganda enganosa, com promessas terapêuticas não comprovadas — prática considerada grave risco à saúde pública.
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O que muda com a decisão da Anvisa?
A medida determina a suspensão total das seguintes atividades:
- Comercialização
- Fabricação
- Distribuição
- Divulgação e propaganda
- Consumo dos produtos irregulares
A Anvisa também orienta que consumidores interrompam imediatamente o uso e que lojas físicas e plataformas digitais retirem os produtos de venda.
Lista de produtos proibidos pela Anvisa
Medicamentos e suplementos retirados do mercado
| Produto / Marca | Motivo da proibição |
|---|---|
| Seiva Real (“Mounjaro natural”) | Medicamento clandestino e propaganda enganosa |
| Ex Magrinha / Ex Magro(a) | Origem desconhecida e falso medicamento |
| Candfemm | Promessas terapêuticas proibidas |
| Produtos da Pharmacêutica Ind. Nutracêutica | Falta de registro sanitário |
| Produtos da R.T.K Indústria | Falhas graves nas boas práticas de fabricação |
| Supra Ômega 3 TG (lote 071A) – Global Suplementos | Produto não reconhecido pelo fabricante original |
“Mounjaro natural”: por que é proibido?
Um dos principais alvos da fiscalização foi o chamado “Mounjaro natural”, vendido como alternativa ao medicamento original usado no tratamento de diabetes tipo 2 e emagrecimento.
O que a Anvisa esclarece:
- ❌ Não existe Mounjaro natural autorizado
- ❌ O produto não possui registro sanitário
- ❌ Faz alegações terapêuticas ilegais
- ✅ O Mounjaro verdadeiro é fabricado exclusivamente pela Eli Lilly e só pode ser vendido com prescrição médica
A agência alerta que o uso de produtos falsificados pode causar efeitos adversos graves, já que não há qualquer garantia sobre composição, dosagem ou segurança.
Suplementos com promessas ilegais também entram na lista
A fiscalização também atingiu suplementos vendidos como alimentos, mas que faziam promessas de tratamento de doenças, o que é proibido por lei.
Casos identificados:
- Suplementos que prometiam eliminar candidíase
- Produtos com probióticos sem registro
- Itens com rotulagem irregular ou falsificada
Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem alegar cura, tratamento ou prevenção de doenças, independentemente da composição.
Venda online aumenta risco ao consumidor
A Anvisa destacou que muitos desses produtos circulam principalmente em redes sociais e marketplaces, explorando o desejo por emagrecimento rápido e tratamentos “naturais”.
Sem autorização sanitária, não é possível avaliar os riscos, o que torna o consumo potencialmente perigoso.
A proibição do “Mounjaro natural” e de outros suplementos irregulares reforça a importância de desconfiar de promessas milagrosas, especialmente na internet.

