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20 de dezembro de 2025

Anvisa proíbe “Mounjaro natural” e suplementos irregulares

Agência retira do mercado produtos clandestinos com promessas falsas de emagrecimento e tratamento de doenças. Veja a lista completa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição imediata de diversos suplementos e medicamentos irregulares, incluindo produtos divulgados como “Mounjaro natural”. As decisões foram publicadas na última segunda-feira (15/12) e abrangem todo o território nacional.

Segundo a Anvisa, os itens apresentavam falta de registro sanitário, origem desconhecida e propaganda enganosa, com promessas terapêuticas não comprovadas — prática considerada grave risco à saúde pública.

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O que muda com a decisão da Anvisa?

A medida determina a suspensão total das seguintes atividades:

  • Comercialização
  • Fabricação
  • Distribuição
  • Divulgação e propaganda
  • Consumo dos produtos irregulares

A Anvisa também orienta que consumidores interrompam imediatamente o uso e que lojas físicas e plataformas digitais retirem os produtos de venda.

Lista de produtos proibidos pela Anvisa

Medicamentos e suplementos retirados do mercado

Produto / MarcaMotivo da proibição
Seiva Real (“Mounjaro natural”)Medicamento clandestino e propaganda enganosa
Ex Magrinha / Ex Magro(a)Origem desconhecida e falso medicamento
CandfemmPromessas terapêuticas proibidas
Produtos da Pharmacêutica Ind. NutracêuticaFalta de registro sanitário
Produtos da R.T.K IndústriaFalhas graves nas boas práticas de fabricação
Supra Ômega 3 TG (lote 071A) – Global SuplementosProduto não reconhecido pelo fabricante original

“Mounjaro natural”: por que é proibido?

Um dos principais alvos da fiscalização foi o chamado “Mounjaro natural”, vendido como alternativa ao medicamento original usado no tratamento de diabetes tipo 2 e emagrecimento.

O que a Anvisa esclarece:

  • ❌ Não existe Mounjaro natural autorizado
  • ❌ O produto não possui registro sanitário
  • ❌ Faz alegações terapêuticas ilegais
  • ✅ O Mounjaro verdadeiro é fabricado exclusivamente pela Eli Lilly e só pode ser vendido com prescrição médica

A agência alerta que o uso de produtos falsificados pode causar efeitos adversos graves, já que não há qualquer garantia sobre composição, dosagem ou segurança.

Suplementos com promessas ilegais também entram na lista

A fiscalização também atingiu suplementos vendidos como alimentos, mas que faziam promessas de tratamento de doenças, o que é proibido por lei.

Casos identificados:

  • Suplementos que prometiam eliminar candidíase
  • Produtos com probióticos sem registro
  • Itens com rotulagem irregular ou falsificada

Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem alegar cura, tratamento ou prevenção de doenças, independentemente da composição.

Venda online aumenta risco ao consumidor

A Anvisa destacou que muitos desses produtos circulam principalmente em redes sociais e marketplaces, explorando o desejo por emagrecimento rápido e tratamentos “naturais”.

Sem autorização sanitária, não é possível avaliar os riscos, o que torna o consumo potencialmente perigoso.

A proibição do “Mounjaro natural” e de outros suplementos irregulares reforça a importância de desconfiar de promessas milagrosas, especialmente na internet.

Josué Garcia
Josué Garcia
Estudante de jornalismo e redator de SEO, Josué Garcia escreve sobre cotidiano.
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