Pai condenado por estupro de vulnerável em Canoas é solto após filha dizer que mentiu após ser induzida pela mãe
Condenado a 16 anos de prisão por estupro de vulnerável contra a própria filha, um morador de Canoas foi absolvido pela Justiça na última semana. Ele já cumpria pena pelo crime na Penitenciária de Charqueadas e foi solto após a vítima admitir ter mentido ao longo do processo.
O processo durou 10 anos. Conforme os autos, a vítima, que na época tinha 11 anos, relatou ter sido induzida pela mãe a denunciar o pai. Ao longo dos últimos anos, ela repetiu as acusações.
Porém, a filha, hoje adulta, procurou a Justiça após saber que o pai havia sido preso.
“Eu nunca imaginei que ia chegar nesse nível”, disse a jovem em depoimento após procurar a Justiça para desmentir o caso.
No novo depoimento, a filha contou que havia problemas entre a família do pai e da mãe. Ela também relatou que desde pequena usava medicamentos antidepressivos.
Pai condenado por estupro de vulnerável em Canoas é solto após filha dizer que mentiu após ser induzida pela mãe: Entenda o processo
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O processo começou em 2010 quando, supostamente, aconteceram os abusos sexuais. Em 2024, a Justiça de Canoas absolveu o homem considerando que as provas eram insuficientes.
Porém, após um recurso do Ministério Público o pai acabou sendo condenado em segunda instância e, em abril deste ano, acabou sendo preso.
Novo depoimento da filha mudou processo
O Tribunal de Justiça reabriu o caso após o novo depoimento da filha. A maioria dos desembargadores votaram a favor da absolvição.
“Se devemos crer nos ditos da ofendida em crimes sexuais, quando ela acusa de modo consistente, também devemos crer quando ela se retrata também de modo consistente, como no caso dos autos”, afirmou o desembargador João Batista Marques Tovo durante o voto.
Na mesma decisão, os desembargadores ainda reconhecem que o réu poderá pedir indenização pelo tempo que ficou preso.

