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24 de dezembro de 2025

Estudo aponta que adoçante comum pode estimular crescimento do cabelo e ajudar no combate à calvície

Um adoçante natural bastante comum pode abrir caminho para uma nova abordagem no tratamento da calvície, segundo um estudo publicado na revista científica Advanced Healthcare Materials.

Pesquisadores da China e da Austrália desenvolveram uma técnica inovadora que combina o minoxidil, medicamento amplamente utilizado contra a queda de cabelo, com microagulhas feitas a partir de esteviosídeo, um composto derivado da planta estévia, conhecida por seu uso como adoçante natural.

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Por que o minoxidil nem sempre funciona bem?

O minoxidil é utilizado há décadas em loções e espumas aplicadas diretamente no couro cabeludo. No entanto, sua eficácia pode ser limitada porque nem todo o produto consegue penetrar adequadamente na pele e alcançar os folículos capilares, responsáveis pelo crescimento dos fios.

Parte da substância se perde antes de atingir a região onde realmente precisa agir.

Adoçante para a calvície microagulhas com derivado de adoçante

Para contornar esse problema, os cientistas criaram um adesivo com microagulhas ultrafinas, que perfuram a pele de forma quase indolor e liberam o minoxidil diretamente nos folículos capilares.

O diferencial da técnica está no uso do esteviosídeo, que ajuda o minoxidil a se dissolver melhor em água, aumentando sua absorção e eficácia.

Resultados animadores em testes com animais

Os testes foram realizados em camundongos geneticamente modificados para desenvolver queda de cabelo, e os resultados chamaram atenção:

  • Após 35 dias, o tratamento com microagulhas e esteviosídeo gerou 67,5% de cobertura capilar
  • O minoxidil tradicional, no mesmo período, alcançou apenas 25,7%
  • O crescimento dos fios começou cerca de uma semana antes no grupo tratado com a nova tecnologia

Segundo os pesquisadores, houve um aumento significativo na ativação dos folículos capilares, acelerando a transição para a fase de crescimento.

E em humanos? Ainda não

Apesar dos resultados promissores, os cientistas reforçam que o estudo foi feito apenas em animais. Novos testes em seres humanos ainda serão necessários para avaliar:

  • Segurança do método
  • Eficácia real em pessoas
  • Possíveis efeitos colaterais
  • Viabilidade do uso a longo prazo

Caso os resultados se confirmem, a técnica pode reduzir a frequência de aplicações e diminuir irritações no couro cabeludo, um efeito colateral comum do uso contínuo do minoxidil convencional.

Josué Garcia
Josué Garcia
Estudante de jornalismo e redator de SEO, Josué Garcia escreve sobre cotidiano.
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