SAPUCAIA DO SUL | BM abre inquérito para apurar suposta agressão de policiais a advogada

Foto: OAB RS/Divulgação

Da redação | O 33° Batalhão de Polícia Militar (BPM) abriu um inquérito para apurar a ocorrência em que policiais supostamente agrediram uma advogada na noite do último sábado (11) no bairro Paraíso, em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana.

A advogada Rachel Pilenghi estava participando da festa de uma amiga. Guarnições do 33° BPM, que é responsável pelo policiamento na cidade, foram até o local depois de denúncias de perturbação do sossego. “As crianças que estavam na festa que relataram a chegada dos policiais. Fui até eles e me apresentei como advogada”, comentou.

Na sequência, Rachel disse que perguntou qual era o motivo da presença dos policiais no local. “Eles me disseram que era por causa da perturbação. Imediatamente, um deles me algemou e disse que eu estava praticando desacato”. A advogada recordou que nesse intervalo de tempo, os policiais, acionaram mais duas viaturas. “Uma policial desceu de uma delas e começou a me revistar. Eu falei para ela que não tinha justificativa para isso, já que eu não tinha feito nada. Foi aí que começaram as agressões”.

O proprietário do local e Rachel foram conduzidos até o quartel da Brigada Militar (BM). Lá, a advogada assinou um termo circunstanciado e foi liberada. No domingo, ela veio a Canoas e registrou uma ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

Apuração dos fatos

O Tenente Coronel do 33° Batalhão de Polícia Militar (BPM), Vladimir Rosa, informou que não vai se pronunciar sobre o caso antes da conclusão do inquérito. Porém, ressaltou que será feita uma investigação para apurar a conduta dos policiais e da advogada.

O inquérito tem prazo de 40 dias para ser concluído, com possibilidade de ser prorrogado por mais 20 dias. Ao longo do processo, será decidido se os policiais serão afastados do cargo ou seguirão trabalhando. A advogada, os policiais e as testemunhas serão ouvidas nesse período.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) também se pronunciou sobre o caso. Na última segunda-feira (13), uma reunião na sede em Sapucaia do Sul entre a advogada, a Brigada Militar, e responsáveis pela entidade, discuti o assunto. O presidente estadual, Ricardo Breier, informou que vai agendar um encontro com o vice-governador, Ranolfo Vieira Jr, para informar o ocorrido e cobrar providências. “A BM sempre foi nossa parceira. A OAB não vai admitir que esse tipo de episódio se repita. Se o advogado é agredido, imagina o que acontece com o cidadão comum, aquele que não tem voz”.

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