FOTO: Derli Colomo Jr./Prefeitura de Canoas
Da redação* | A Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Julieta Balestro voltou a funcionar na Ășltima quarta-feira (1Âș), apĂłs ter sido interditada. Em sede provisĂłria, os estudantes retomaram as atividades normalmente. Durante o perĂodo em que a instituição nĂŁo esteve em funcionamento, os alunos foram remanejados, pela Secretaria Municipal da Educação, para outras EMEIs, conforme escolha dos pais e responsĂĄveis.
A interdição foi uma medida preventiva da Prefeitura, apĂłs constatação de comprometimento na estrutura do prĂ©dio. AnĂĄlise tĂ©cnica demonstrou que a escola, cuja obra iniciou em 2013, foi construĂda com materiais sensĂveis Ă umidade, incompatĂveis com o clima do Rio Grande do Sul.
Desde o fechamento da escola, hĂĄ cerca de 80 dias, pais e responsĂĄveis, representados por uma comissĂŁo, tĂȘm tido constantes encontros para a proposição de ideias. Um das alternativas propostas pela comissĂŁo foi o aluguel de um espaço nas proximidades da EMEI para sediar a escola. De acordo com eles, reagrupar os alunos e profissionais novamente seria um benefĂcio para a vida escolar dos pequenos estudantes.
A Prefeitura de Canoas acatou a reivindicação. Para servir de sede provisória, uma casa foi alugada e adaptada. O novo local conta com seis salas de aula, refeitório, pracinha, cozinha, banheiros e sala para a direção. Os alunos vinculados à EMEI Julieta Balestro, que estavam remanejados, foram convidados a retornarem à instituição, de acordo com a opção dos pais.
A prefeita em exercĂcio de Canoas, Gisele Uequed, ressaltou o compromisso da Administração municipal com a qualidade da Educação e com o bem-estar dos alunos. âNossa gestĂŁo tem um olhar especial para Educação. Agimos rĂĄpido no caso da EMEI Julieta Balestro para buscar uma solução sem quaisquer prejuĂzos Ă s crianças e Ă s famĂlias, elas permanecem unidas nas mesmas turminhas sem perdas na ĂĄrea pedagĂłgica. Quanto Ă obra inadequada realizada antes de assumirmos, estamos tomando as devidas providĂȘncias jurĂdicasâ.
DiĂĄlogo constante
A resolução dos problemas causados pela interdição da escola foi construĂda com todas as partes envolvidas, fruto de um movimento transparente que a Prefeitura tem aplicado ao longo dos Ășltimos meses, envolvendo comunidade e Poder PĂșblico, dando respostas Ă s demandas da educação. Um exemplo ocorre com a comunidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ildo Meneghetti, que apresenta graves problemas estruturais.
Nos Ășltimos meses, pais e responsĂĄveis, professores e membros do Executivo tĂȘm se encontrado periodicamente para buscar soluçÔes e propor saĂdas. E a resolução do problema jĂĄ Ă© realidade na escola. As estruturas que apresentavam comprometimento foram derrubadas e, nas prĂłximas semanas, novas salas de aula estarĂŁo Ă disposição da comunidade.
Relembre o caso
A interdição da EMEI Julieta Balestro foi uma medida preventiva tomada pela prefeitura para preservar a integridade fĂsica de alunos e profissionais que ali atuavam. Laudo feito pelo EscritĂłrio de Engenharia de Canoas constatou comprometimentos na estrutura do prĂ©dio. A degradação das paredes e forros podem ser, segundo laudo do EscritĂłrio de Engenharia, em consequĂȘncia da infiltração da ĂĄgua de chuva originĂĄria da cobertura. AnĂĄlise demonstrou que as estruturas foram construĂdas com materiais sensĂveis Ă umidade, incompatĂveis com o clima do Rio Grande do Sul.
A obra da escola iniciou em 2013 e segue as tipologias do Projeto PadrĂŁo do Fundo Nacional da Educação (FNDE). O custo total da construção foi de R$ 1.511.310,41. A EMEI Ledevino Piccinini, no bairro FĂĄtima, que tambĂ©m foi construĂda no mesmo padrĂŁo, estĂĄ sendo acompanhada por tĂ©cnicos da ĂĄrea de engenharia civil vinculados Ă Prefeitura de Canoas. Embora a escola apresente problemas de acabamento, ela nĂŁo tem problemas estruturais e nĂŁo corre nenhum risco de interdição.
*Com informaçÔes da Prefeitura de Canoas