Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução
Da redação | O médico Leandro Boldrini pode ter seu registro profissional cassado. Ele foi condenado, na última sexta-feira (15) à prisão pela morte do filho Bernardo.
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) abriu em 2014 uma sindicância depois da morte do menino. A corregedoria da entidade, no entanto, aguardava o resultado do julgamento para dar sequência ao procedimento. O presidente do Cremers, Eduardo Trindade, afirma que vários elementos serão considerados. “É aberto um processo para avaliar a conduta, e pode evoluir para eventual cassação. Várias informações foram levantadas pela investigação, pelo Ministério Público, e durante o julgamento. Agora serão avaliadas para se tomar as medidas cabíveis.”
O júri popular do caso Bernardo resultou na condenação dos quatro réus: o pai, a madrasta Graciele Ugulini, além de Edelvânia e Evandro Wirganovicz. Considerado o mentor do crime, Leandro pegou 33 anos e oito meses de prisão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica – por ter registrado um boletim de ocorrência a respeito do desaparecimento de Bernardo mesmo com o conhecimento de que ele havia sido morto.
A previsão é de que o médico permaneça no regime fechado até 2027. Quando conseguir a progressão para o semiaberto, Leandro poderá deixar o presídio durante o dia para trabalhar, devendo retornar à noite. Se tiver o registro profissional cassado, a liberação para trabalhar pode ficar comprometida.