13 C
Canoas
16 de julho de 2025

CANOAS | Acusado do duplo homicídio no Igara será indiciado pela Polícia Civil

Foto: Divulgação

Da redação | Deve ser entregue na próxima semana o inquérito sobre o duplo homicídio do bairro Igara, que aconteceu no dia 20 de maio. Nele, Cesar Augusto Machado de 41 anos será indiciado por dois homicídios e uma tentativa.

Prisão

Cesar foi preso na madrugada do último domingo (26)Ele embarcou em um ônibus no Paraná. O coletivo foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal no município de Registro, no interior de São Paulo. Os agentes já sabiam que ele estava no veículo.

A ação foi realizada pelos agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), SIPAC da 2ª DPRM, DRACO de Bagé, policiais do 15° Batalhão de Polícia Militar, policiais civis e militares de Curitiba e agentes da PRF de São Paulo.

O titular da DPHPP, delegado Thiago Carrijo salientou que “após dias incansáveis de trabalho os agentes finalizaram o trabalho com eficiência e coroando a investigação com a prisão do provável autor de Crime violento.”

O diretor da 2ª DPRM – Regional de Canoas, delegado Mario Souza, afirmou que “o homicídio é o crime de prioridade absoluta na região e toda energia da Polícia Civil de Canoas ficou focada no esclarecimento desse caso.” Além disso, o delegado regional destacou que “o trabalho integrado e conjunto com as outras forças de segurança possibilitou a prisão do suspeito desse crime violento.”

Fuga cinematográfica

Cesar estava sendo procurado pela polícia desde o dia do crime. Horas depois, inclusive, tanto a Brigada Militar quanto a Polícia Civil concentraram esforços para realizar buscas na cidade. Efetivos realizaram buscas, por exemplo, em áreas verdes próximas ao campus da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)O criminoso foi visto por pedestres e alguns moradores da Rua Xingu, saindo do local, minutos depois do crime. Depois disso, ele não foi mais visto.

Para despistar os policiais, Cesar deu inicio a uma fuga que pode ser considerada de cinema. Ele se hospedou em diversas cidades do interior do estado. Ficou também em Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, mas de olho aberto, porque os agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, estavam na cola dele.

No último sábado (25), César tentou fugir de vez. Saiu de Porto Alegre e foi até Curitiba, de ônibus. Quando desembarcou na capital paranaense, ele decidiu seguir para São Paulo. Chegou a embarcar no coletivo, porém, no caminho, na cidade de Registro, no interior paulista, o veículo foi parado pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de São Paulo. O homem foi preso na madrugada de domingo(26).

O criminoso já estava inclusive, considerado como foragido, já que a justiça já tinha decretado a prisão preventiva dele por dois homicídios e uma tentativa. Cesar tem antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo, estelionato, esbulho possessório e ameaça.

Entrevista na TV

O acusado ligou ao vivo para um conhecido programa de televisão que é exibido no inicio da tarde. Durante a conversa com o apresentador, ele negou a autoria do crime, e apontou possíveis acusados. A entrevista foi na terça-feira seguinte ao crime.

Antes da prisão, os investigadores da DHPP receberam a informação que César alegaria que homens, em uma Renault Duster, teriam atirado contra o VW Polo em que ele estava com as duas vítimas e um ferido. Porém, conforme o apurado, as imagens das câmeras de segurança do local não mostram o veículo na cena do crime. O que pesou para que a alegação caísse por terra, foi que nenhuma testemunha falou sobre o assunto. As primeiras informações são de que não houve disparos realizados de fora para dentro do carro, e sim apenas disparos de dentro para fora, isso será esclarecido definitivamente após os resultados das perícias oficiais.

O crime

Cesar é o autor do duplo homicídio que aconteceu no dia 20 de maio, na Rua Xingú, no bairro Igara. Felipe dos Santos Moreira e Fernanda Lima Chaves morreram no local. Ele também é apontado como autor do disparo que deixou ferido o companheiro de Fernanda, Renato Ruas da Rosa, que foi socorrido ao HPSC e teve alta após o crime.  

Conforme o relato de testemunhas, eles estavam a caminho de um cartório, com o intuito de viabilizar o negócio de um terreno, de propriedade do autor dos disparos. No caminho, na rua Xingu, houve um desentendimento entre os ocupantes que resultou nas mortes de Felipe e Fernanda.

Vítimas dos disparos e atirador estavam dentro do veículo. Foto: Jaime Zanatta/ GBC

Agora, segundo a Polícia Civil, as investigações seguem para apurar se existem mais desentendimentos entre o autor, as vítimas e o sobrevivente.

YouTube video
MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS