Caminhoneiros podem entrar novamente em greve nesta quarta-feira

Paralisação, se ocorrer, serå das 6h às 18h

Uma nova greve dos caminhoneiros poderå acontecer na próxima quarta-feira (19). A p aralisação, se ocorrer, serå das 6h às 18h . A informação é do presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Walace Landim. De acordo com o sindicalista, conhecido como Chorão, os motoristas estão sendo orientados a não criarem bloqueios nas rodovias.

A paralisação dos caminhoneiros jå estava marcada. A ideia inicial era permitir que a categoria pudesse acompanhar a votação que ocorreria no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tabela do frete. Mas a votação foi suspensa a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).

Uma reunião de conciliação foi agendada para o dia 10 de março pelo Ministro do STF, Luiz Fux. O adiamento da votação desagradou os caminhoneiros, que decidiram manter a paralisação em protesto. “A categoria vai parar na quarta-feira em resposta ao descaso do ministro (Fux), afirma Chorão.

O sindicalista afirma que Fux não indicou quando o assunto voltarå à pauta do Supremo. Trata-se do segundo pedido de adiamento de votação do tema feito pelo governo. Segundo integrantes da equipe do Palåcio do Planalto, hå diålogo permanente com a categoria. O risco de uma nova greve seria nulo.

Tabela de frete ajudou a pĂŽr fim Ă  greve de 2018
A edição de uma tabela de preços mínimos de frete foi uma das principais concessÔes feitas pelo governo do presidente Michel Temer para encerrar a greve nacional de caminhoneiros, que durou 11 dias. A paralisação, em maio de 2018, causou grave crise de desabastecimento em vårios setores e parou o País.

O instrumento, que continua em vigor, foi instituĂ­do pela Medida ProvisĂłria 832/2018 e convertida na Lei 13.703/2018. A Resolução 5.820/2018, da AgĂȘncia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), regulamentou a medida.

O ministro Luiz Fux Ă© relator de trĂȘs açÔes diretas de inconstitucionalidade (ADI) contra a medida. As açÔes foram movidas pela Associação do Transporte RodoviĂĄrio do Brasil (ATR Brasil), que representa as transportadoras, pela Confederação Nacional da IndĂșstria (CNI) e pela Confederação da Agricultura e PecuĂĄria do Brasil (CNA).

As trĂȘs entidades alegam que a tabela de frete fere os princĂ­pios constitucionais da livre concorrĂȘncia e da livre iniciativa. O argumento Ă© que o a tabela seria uma interferĂȘncia indevida do governo na atividade econĂŽmica. O objetivo de todas as açÔes Ă© que seja concedida uma liminar suspendendo a vigĂȘncia da tabela imediatamente.

Os caminhoneiros alegam que hĂĄ uma distorção no mercado. De acordo com os motoristas, sem a tabela eles nĂŁo tĂȘm condiçÔes de cobrir os custos do serviço que prestam e garantir o prĂłprio sustento.

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: ConteĂșdo protegido!