A paralisação do transporte coletivo em Canoas por cerca de três horas, na tarde desta segunda-feira (11), provocou efeito esperado diante da retomada do serviço: ônibus cheios e atraso das viagens pré-estabelecidas.
Por volta de 18h, logo após o fim da paralisação, coletivos de diversas linhas chegaram a formar fila no paradão da Av. Victor Barreto, no Centro. Muitos saíram do local com elevado número de passageiros, infringindo o distanciamento interpessoal.
A reportagem de Agência GBC acompanhou o fim do dia dos canoenses. Em vários casos, a distância de pelo menos um metro entre cada pessoa ficou praticamente impossível de ser cumprida, aumentando o risco de contaminação pelo coronavírus.
O modelo de distanciamento controlado prevê, além do uso de máscaras, que já era regulamentado pela prefeitura, o distanciamento de no mínimo um metro entre as pessoas.
Além disso, o decreto exige a higienização de superfícies a cada duas horas e a exigência de que os passageiros utilizem álcool em gel ao ingressar nos veículos. O cumprimento dessas duas medidas não foi acompanhado pela reportagem.
No caso da bandeira laranja, que classifica a região de Canoas como de risco médio, o transporte coletivo rodoviário de passageiros, tanto municipal quanto metropolitano, só poderia trafegar com até 60% da capacidade total do veículo, o que não se cumpriu no começo da noite.
MOTIVO DO PROTESTO
Segundo o Sindicato do Rodoviários de Canoas, o protesto dos funcionários da Sogal, foi motivado pela falta de pagamento do plano de saúde. A categoria havia conseguido na Justiça uma determinação para que a concessionária pagasse o benefício, que estava atrasado. Mesmo assim, não houve a quitação por parte da empresa, motivando uma reação dos colaboradores.
Os funcionários da Sogal, então, se mobilizaram. Por iniciativa da própria, a categoria deixou de circular com os ônibus, afetando o serviço na cidade. A categoria não descarta uma nova paralisação na terça-feira (12).