O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, está planejando anunciar na próxima sexta-feira (15) uma data de retorno para as aulas na rede particular de ensino. A reportagem de Agência GBC já havia antecipado que o Palácio Piratini pretende apresentar os protocolos de funcionamento para essas atividades.
Esse retorno já foi discutido em uma reunião entre as secretárias da Educação e do Planejamento, e deve ser tratado também com o Sindicato do Ensino Privado (Sinepe). Os protocolos reúnem medidas de distanciamento entre os estudantes, utilização de equipamentos de proteção, reforço da higienização e adaptação dos locais de ensino e de questões pedagógicas. Segundo o governador Eduardo Leite, a retomada incluirá as modalidades de ensino presencial e a distância.
As medidas que serão anunciadas serão estendidas a toda a atividade de ensino no Rio Grande do Sul, incluindo, além das escolas municipais, estaduais e privadas, instituições de ensino superior, cursos técnicos, profissionalizantes e de idiomas.
Sindicato quer retorno ainda este mês
A projeção do Sinepe é que as escolas particulares já retomem as aulas na semana do dia 25 de maio. Em entrevista à Rádio Guaíba, o presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS, Bruno Eizerik, explicou que esse retorno ocorreria de maneira gradual, atendendo apenas alunos da educação infantil, em um primeiro momento. “Nossa ideia é para que volte as aulas da educação infantil, isso porque os pais estão voltando ao trabalho. Essa criança precisa voltar à escola.”
Uma das sugestões para o retorno, além de cumprir os protocolos de higienização e de espaço para cumprimento do distanciamento social, é transformar os ginásios de escolas em sala de aula.
Eizerik também reforça a importância desse retorno as aulas que ajudariam a salvar empregos de professores. “Diria se não houver uma volta às aulas, principalmente na educação infantil, deveremos ter muitas demissões no setor. As famílias não estão recebendo o serviço e as escolas terão de demitir e até fechar. Mas acredito que se a gente conseguir retomar as aulas no fim de maio ou junho nós não teremos muitas demissões no setor.”