Baleada junto com angolano, moradora de Cachoeirinha é velada

Ela ficou quase 20 dias internada no Hospital Dom João Becker, em Gravataí

Está sendo velada neste domingo (7) a moradora de Cachoeirinha, Dorildes Laurindo de 56 anos. Ela ficou quase 20 dias internada no Hospital Dom João Becker, em Gravataí.

Conhecida como Dora, a costureira foi baleada junto com o angolano Gilberto Andrade de Casta Almeida de 26 anos. Eles estavam em um carro por aplicativo em que o condutor era foragido e não parou em uma abordagem policial.

Familiares e amigos estão se despedindo dela. “O sentimento é que se faça justiça. Em relação a ela, não temos mais o que esperar”, disse Marjori Laurindo, irmã de Dora.

Entenda o caso

Conforme a Polícia Civil, Gilberto veio de Anápolis e estava com uma moradora de Cachoeirinha em um veículo de aplicativo. O casso foi interceptado por uma viatura da Brigada Militar (BM).

O veículo era dirigido por um motorista de aplicativo foragido da Justiça por tentativa de feminicídio. O casal acabou baleado.

O argumento dos policiais, na oportunidade, foi de que ele havia atirado contra a viatura durante a perseguição.

A perseguição começou em Cachoeirinha, onde o veículo dirigido por Luiz Carlos Pail Junior furou um sinal vermelho. Somente em Gravataí, já sendo perseguidos por policiais daquela cidade, é que o motorista parou. Ele desceu do carro e correu.

O casal ficou junto ao veículo e foi baleado — cada um recebeu ao menos três tiros. Luiz Carlos tentou escapar a pé, mas foi capturado.

O foragido não quis falar e o delegado plantonista, com base no relato dos policiais militares, fez auto de prisão em flagrante contra ele e contra o angolano por tentativa de homicídio dos PMs.

Porém, ao serem ouvidos novamente, os policiais afirmaram que Luiz Carlos havia atirado ao descer do Palio Weekend. Quanto a Gilberto, não souberam informar se ele realmente empunhava uma arma. Conforme a ocorrência, apenas um revólver foi apreendido no local.

Os investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Gravataí, concluíram que Gilberto não tinha arma e não revidou à abordagem. A decisão foi recebida no 17° BPM que informou ter afastado os policiais para investigar o ocorrido.

Gilberto chegou a ser levado para a Penitenciária de Canoas, onde ficou por mais de uma semana. Ele já deixou o Complexo Prisional.

Foragido indiciado

De acordo com o delegado Amaral, a investigação já foi concluída. O motorista do carro foi indiciado. “A conclusão do inquérito é que ele reagiu à abordagem.

Ele foi indiciado pela tentativa de homicídio qualificado contra os policiais, entre outros crimes que praticou durante a fuga, e também por falsa identidade, já que usava nome falso para cadastro no aplicativo de corridas”, diz.

Nota da BlaBlaCar

A BlaBlaCar, líder nacional em viagens de longa distância por meio de caronas compartilhadas, lamenta profundamente o ocorrido e reforça o compromisso com a criação de um ambiente de viagem seguro e confiável para os mais de 5 milhões de usuários da plataforma no País.

A empresa ressalta que a viagem realizada pelo casal Dorildes Laurindo e Gilberto Andrade com a ocorrência de confronto com a polícia e o incidente com tiroteio não ocorreu por meio da utilização da plataforma.

A companhia informa ainda que é uma comunidade de confiança que conecta quem procura uma viagem com quem tem espaço livre no carro. Funcionalidades como verificação de foto, e-mail, telefone e avaliações permitem que os condutores e passageiros escolham com quem vão viajar antes da viagem.

Por não ser um serviço de cunho comercial, não existe a obrigatoriedade de verificação da documentação.

No referido caso, o condutor Luiz Carlos Pail Junior optou por oferecer a carona sem cadastrar seus documentos, informação que fica disponível em seu perfil dentro do aplicativo, visível a todos que acessam a plataforma.

A BlaBlaCar preza pela segurança de seus usuários e reitera que se encontra à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

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