Moradores do Rincão, ao lado da Estrada do Nazário, estão embaixo d’água

Para buscar uma solução para o problema, eles se reuniram com as prefeituras de Canoas, Cachoeirinha e Esteio

Moradores do bairro Rincão, em Cachoeirinha, estão embaixo d’água. As ruas Coqueiro, Cipó e dos Maricás estão intransitáveis – junto com a Estrada do Nazário, no limite entre Canoas, Esteio e Cachoeirinha e que é ponto de referência para o bairro. “É sempre assim. Toda chuva que cai. Todo ano enche de água”, conta o mecânico Paulo Menegotto que mora há 26 anos no local.

Ana Pimentel, dona de casa, descreve a difícil situação. “Alaga porque o arroio não consegue dar vazão. Só em 2018, houve cinco enchentes, uma atrás da outra. E nos próximos dias, provavelmente, vai dar outra enchente, pela previsão. Pedimos hoje a limpeza do arroio Sapucaia, que não resolve, mas ameniza o problema”, descreve.

Relato semelhante da também dona de casa Elenir de Vasconcelos, que reside há mais de 10 anos no local. “Desde então tenho passado por uma situação bem difícil. Quando enche, temos que levantar os móveis, fazendo de tudo para não perder aquilo que a gente tem. Precisamos de uma resposta para que a gente consiga permanecer aqui. Tirando esse problema, aqui é bom de morar”, salienta Elenir.

O prejuízo do esposo da Ana, citada na reportagem, já passou dos 20 mil reais com as enchentes. “Eu já tive problemas com carros, caminhonetes e caminhões, mais o prejuízo com o material. Só dessa vez, foi mais de dois mil reais. Perdi dois dias de trabalho. Pelo menos, a enchente não entra na minha casa”, conta o empresário Alex da Silva Pimentel.

Na última quarta-feira (8), a Agência GBC já havia mostrado que a Estrada do Nazário, na região do Meu Rincão, estava intransitável. Nessa quinta (10) a reportagem voltou até o local e acompanhou uma reunião entre os moradores, as prefeituras de Canoas, Cachoeirinha e Esteio, além do consórcio Pró-Sinos.

“Com aquela chuva durante a noite e durante o dia, houve um alagamento naquela região do rincão e isso dentro de Cachoeirinha. Então, o secretario de obras me ligou e pediu para que ao consórcio participasse dessa reunião e reunisse os municípios no entorno do arroio Sapucaia. A preocupação dele era de transferir o alagamento para outros municípios,” afirmou o diretor técnico do Consórcio Pró-Sinos, Hener de Souza Nunes Junior.

Foto: Jaime Zanatta/GBC

No encontro, também ficou definido os próximos passos do Poder Público na tentativa de solucionar os problemas dos moradores. “A gente pretende agora resgatar alguns estudos feitos anteriormente, especialmente, no sentido de criar bacias de contenção para conter essas águas que chegam no Arroio Sapucaia para não causar danos aos moradores e que ela siga seu curso se causar pontos de alagamento. Canoas tem um projeto mais antigo sobre esse tema que é caro e bastante grande. Talvez a gente não consiga recursos para implantar ele.”, relatou Hener.

Mas, de forma imediata, Hener afirmou que a Prefeitura de Cachoeirinha – que é responsável pelo trecho – deve limpar o local nas próximas horas. “Isso será feito de forma imediata. A prefeitura precisa liberar aquela água que está retida”.

As prefeituras de Canoas e Esteio foram questionadas sobre o problema. A primeira encaminhou uma nota, informando que “a avenida do Nazário não apresentou acúmulo de água em nenhum de seus trechos localizados no território da cidade. Salientamos ainda que a Nazário é uma das que está dezenas de vias da cidade que estão recebendo a recuperação asfáltica em um projeto que beneficia mais de 90km de ruas e avenidas canoenses.” Esteio, não respondeu até o fechamento desta reportagem.

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