Militar aposentado de Esteio foi pego com drogas e vídeos de sexo com crianças

Ele tinha uma grande quantidade de anabolizantes e maconha em casa

Um homem de 29 anos, morador do Parque Amador em Esteio, foi um dos alvos da Operação Innocentia. A terceira fase dela foi deflagrada nesta quinta-feira (30).

O militar, que segundo a Polícia Civil, está aposentado por invalidez, achou que estava sendo alvo de uma operação por tráfico de drogas. Logo, mostrou uma quantidade enorme de anabolizantes e maconha dizendo ser de consumo próprio.

Porém, logo os policiais pegaram os eletrônicos e informaram que ele era alvo de uma operação contra a pedofilia. Arquivos foram encontrados.

O homem acabou sendo preso por dois crimes.

Contexto da operação
O objetivo era prender criminosos envolvidos em casos de pedofilia. Foram cumpridas seis ordens judiciais de busca e apreensão em Canoas, Esteio, Porto Alegre e São Leopoldo.

Quatro criminosos foram presos. Eles eram os alvos da polícia após seis meses de investigações. Eles armazenavam conteúdo de pornografia infantil em computadores e celulares. Por isso, o Instituto Geral de Perícias (IGP) acompanhou o cumprimento de todos os mandados. No local, os peritos analisaram todos os materiais encontrados e que acabaram apreendidos para serem encaminhados a uma perícia mais detalhada.

Por enquanto, foi constatado apenas o armazenamento de conteúdo. O compartilhamento pode ser anexado ao inquérito após o resultado final da perícia. “A exploração desse conteúdo é crime gravíssimo que envolve dor e sofrimento desde a sua produção até o seu consumo. A criança é submetida aos cruéis e repulsivos atos de produção de material pornográfico”, afirmou o delegado Pablo Queiroz Rocha, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Preso em Canoas tinha fama no bairro
Um dos presos foi acordado por volta das 6h20, na Rua Raquel Rossi, no bairro Fátima. O homem de 57 anos não abriu a porta para a polícia. Ele correu para colocar um HD externo no descarga do vaso sanitário. Após sair do banheiro, o preso se encontrou com os policiais e, inicialmente, negou o crime. Mas, acabou confessando e foram encontrados arquivos nos sete notebooks que estavam na residência. Um foi recolhido.

Operação Innocentia 2
Foto: Jaime Zanatta/ GBC

Vizinhos acompanharam a movimentação da polícia e relataram que o homem é conhecido como um tarado pela vizinhança. “Ele faz isso com meninas. Uma vez, ele chamou duas para ver a piscina, quando elas entraram ele começou a agarrá-las. Rapidamente, uma saiu pelo portão que estava fechando aos gritos e contou o ocorrido”, contou uma das vizinhas que, por segurança, pediu para não ser identificada. “Vamos apurar a investigação em cima dele para descobrir essas denúncias”, afirmou a diretora do Departamento de Polícia Metropolitana, delegada Adriana da Costa.

A prisão dele foi aplaudida pelos vizinhos.

Confessou
Além dos quatro presos, um empresário de pequeno porte de 41 anos, morador de Montenegro, soma-se a eles. Pego pelos policiais em 15 de julho, ele confessou que assistia pornografia infantil.

Trabalho da investigação continua
O delegado Rocha, informou que a investigação segue para apurar se esses presos também não produziam material de pedofilia. “O consumo da pornografia é fator de grande incremento e estímulo para a prática de atos concretos, no mundo real, de atos de pedofilia, nestes incluídos o estupro de vulneráveis e outros atos ilícitos.”

Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mario Souza, afirmou a que “a violência contra as crianças é gravíssima e será energicamente enfrentada.”

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!