A Polícia Civil identificou o homem que passou o trote para a Prefeitura de Esteio ameaçando que uma bomba iria explodir no prédio na última terça-feira (23). Ele tem mais de 60 anos e é concursado do Executivo Municipal.
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De acordo com o Major Alberto Rocha, secretário municipal de Segurança Pública de Esteio, a ligação foi por volta das 11h. No contato feito com a ouvidoria do município, ele disse que ia explodir o prédio da prefeitura às 16h. “A atendente deu detalhes da ligação. Ela disse que o homem tinha uma voz madura e falava de forma pausada e tranquila. Porém, aparentava muita raiva”, relata.
Após a ligação, a prefeitura procurou a Brigada Militar (BM) e Polícia Civil. O prédio precisou ser evacuado. Cerca de 400 pessoas estavam no local. Policiais, com o apoio do Corpo de Bombeiros e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da BM, fizeram uma varredura dentro e fora do Paço Municipal. Nada foi encontrado.
Confissão
O delegado Thiago Carrijo, que investigou o caso, ressaltou que o criminoso foi identificado em menos de cinco horas após o contato. Detido, ele confessou o crime na delegacia. “Ele confessou a sua intenção”, conta ao ressaltar que o homem negou estar arrependido.
De acordo com Carrijo, o homem estava insatisfeito com o atendimento da Secretaria Municipal de Saúde. Ele tentou desmarcar um compromisso, mas não foi atendido. “Ele se sentiu menosprezado e em um momento de fúria proferiu as ameaças. Ele queria desmarcar a atividade agendada, mas nem teve a ligação atendida”, afirma o delegado.
Um dos fatores que levou a identificação do acusado foi o serviço de identificação de ligações da prefeitura. O homem ligou do próprio celular. O aparelho foi apreendido.
Conforme o delegado Mário Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), o criminoso não vai ter o nome divulgado para evitar represálias. Ele é aposentado, mas trabalhou na Prefeitura de Esteio por mais de 25 anos.
Punições
O homem vai responder em liberdade por atentado contra serviço público, conforme o artigo 265 do Código Penal, com pena prevista de um a cinco anos de prisão e multa, e ainda por alarme sobre falso perigo para provocar pânico, conforme o artigo 41 da Lei de Contravenções Penais, com pena de 15 dias a seis meses de detenção, além de multa.
