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21 de novembro de 2024

A maior pandemia é a inatividade física

Este artigo foi escrito por Richard Nunes | CREF 008028- G/RS

O COVID 19 chegou. A pandemia do Coronavírus mudou a rotina de todos nós, estamos vivendo o isolamento, necessário para combater a propagação do vírus.

As ruas estão desertas, as crianças pararam de frequentar as escolas, os comerciantes foram orientados momentaneamente a fecharem seus estabelecimentos. As famílias estão reunidas em suas casas, os idosos classificados como grupo de risco ao Covid-19 estão tomando os devidos cuidados para se protegerem do vírus. O happy hour com os amigos agora é virtual, fazendo com que a rotina do isolamento traga mudanças no dia a dia das pessoas.

O Coronavírus também serviu para nos trazer alguns alertas. Especialistas da área da saúde orientam para que as pessoas tenham uma rotina de autocuidado com a sua saúde, para que desta forma aumentem a imunidade contra o vírus. Os fast food estão sendo trocados por pratos mais saudáveis, o refrigerante saiu da mesa e entraram a água e os sucos naturais. As aulas nas academias agora são realizadas através de vídeos, com seus professores motivando seus alunos a realizarem os exercícios em casa.

A possibilidade de o vírus se apresentar em algum de nossos familiares ou em nós fez com que tenhamos ligado o sinal de alerta. A hora é de cuidado!! Em conjunto com a chegada do vírus vivemos um outro problema crônico.  Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o 5° país mais sedentário do mundo e lidera o ranking na América do Sul. Uma pesquisa da OMS revela que 46% da população brasileira é sedentária, ou seja, por volta de 114 milhões de pessoas não praticam exercício físico. Aliada ao sedentarismo crescente, aparecem as DCNT (Doenças crônico não transmissíveis; tais como, doenças cardiovasculares, câncer, diabetes melitus, doenças respiratórias). Elas também correspondem a mais de 60% do total de óbitos do país, sendo maior na região Sul e Sudeste. 

Outra pesquisa da OMS estima que o sedentarismo onere a assistência à saúde no mundo em U$$ 54 bilhões anuais, em grande percentual atribuído a perda de produtividade devido às faltas ao trabalho em razão de doenças crônico não transmissíveis. Sendo assim, de acordo com estes dados, levamos a crer o seguinte; já vivemos uma pandemia no Brasil. A pandemia da inatividade física. 

Profissionais da área da saúde salientam que pessoas que se exercitam regularmente e se alimentam de forma saudável, serão menos atingidos pelo vírus, diferente das pessoas sedentárias e com histórico de DCNT que poderão estar com a imunidade mais baixa e suscetível ao Coronavírus.

A pandemia nos trouxe a realidade deste grande problema, o sedentarismo, cabe agora aos profissionais da área da saúde; educadores físicos, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, psicólogos, juntamente com as entidades de saúde, que cada vez mais orientem as pessoas para a busca de uma vida saudável e bem estar. O governo também tem um grande papel nesse contexto, contribuindo com novas políticas públicas para que os cidadãos sejam incentivados na busca do autocuidado.

O Coronavírus alertou algumas pessoas sedentárias da importância do exercício físico regular é este já iniciaram uma mudança no seu estilo de vida, agora devem manter estas novas atitudes ao longo da vida. Meu desejo é de todos nós vencermos o Covid-19 e que fique um aprendizado de novos hábitos.

Um grande abraço.  😉

Prof. Esp. Richard Nunes
CREF 008028- G/RS
Diretor da SALUTE – Asessoria em saúde e bem estar

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