Morador de Canoas é preso após aplicar golpe no Auxílio Emergencial e faturar R$ 2 milhões

Ele é acusado de lesar mais de 3 mil pessoas

Um morador de Canoas foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (3). Ele e mais três presos são investigados por lesar em R$ 2 milhões mais de 3 mil beneficiários do Auxílio Emergencial. As prisões foram por posse ilegal de arma de fogo e de drogas durante o cumprimento de mandados de busca no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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Além de Canoas, as outras três prisões foram em Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. No total, seis pessoas são investigadas pela PF. Durante as ordens judiciais, foram apreendidos R$ 60 mil e documentos que podem auxiliar na comprovação da fraude.

Como funcionava o golpe

De acordo com a investigação, o mentor do esquema, atua com informática e fez todo cadastramento irregular. Ele foi preso em casa, na praia de Jurerê. Natural de Palhoça, o suspeito é estudante universitário em uma faculdade de Comunicação Visual em SC. Além disso, recebia o auxílio emergencial.

A investigação começou após a apreensão da Brigada Militar de Taquara, de uma lista de CPFs de pessoas que teriam o direito de receber o auxílio emergencial, além de e-mails e senhas com indicação de saques e valores.

Os criminosos, segundo os policiais, obtinham documentos de potenciais beneficiários ao compilar CPFs de potenciais vítimas, criando e-mails, sempre com a extensão yandex.com, e cadastrava tudo no site da Caixa Econômica Federal com o objetivo de receber os valores de forma indevida através da criação de contas bancárias. A PF diz que foi verificado o pagamento de inúmeros boletos com depósitos — com dinheiro dos beneficiários — feitos diretamente nas contas dos golpistas.

As vítimas que tiveram valores desviados pelos golpistas são, a maioria, do RS, mas também do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

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