Prefeitura de Cachoeirinha gasta mais de R$ 1 milhão em ciclovia no meio dos postes

CUIDADO, CICLISTA! Quem anda de bicicleta pelo local correto pode dar de cara no concreto

Quem anda de bicicleta em Cachoeirinha e for utilizar a ciclovia da Rua Caí precisa ter cuidado. O trecho em que o espaço de ciclistas foi pintado tem 12 postes pelo caminho. Na prática, ou o ciclista desvia, ou dá de cara no poste.

O fato inusitado foi denunciado para a reportagem de Agência GBC. No último domingo (23), inclusive, mais um trecho da ciclovia estava sendo pintado em meio aos postes por uma empresa de sinalização viária. Questionados, os funcionários informaram que não havia orientação para desviar dos postes. “Nos mandaram passar essa tinta vermelha por tudo”, conta um dos empregados que, por medo de represálias, pediu para não ser identificado.

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A ciclovia é um projeto da Prefeitura de Cachoeirinha que já está sendo executado. O custo dela para os cofres públicos é alto. Só para o trecho que será instalado na Avenida Flores da Cunha, os vereadores autorizaram, em abril, a abertura de crédito no valor de R$ 1.350 milhão na Lei Orçamentária. Ou seja, o Executivo pediu ainda mais dinheiro para executar a obra do que o previsto inicialmente.

O problema é que a ciclovia da Flores da Cunha está atrasada. O projeto para os ciclistas foi anunciado em 2019. Porém, a obra só começou em outubro de 2020 e deveria ter sido concluída em 120 dias.

Procurada, a Prefeitura de Cachoeirinha informou que como a ciclovia foi projetada junto ao passeio, “existem alguns obstáculos que foram contornados, mantendo a mesma largura de ciclovia”. Afirma, ainda, que a obra não está atrasada, já que o prazo final expira em agosto de 2021 e que o aumento se deve a um “reequilíbrio financeiro devido aos sucessivos aumentos nos insumos derivados do petróleo para execução do pavimento asfáltico”.

Segundo a assessoria de comunicação de Cachoeirinha, a rua Caí foi incluída num projeto chamado Pró-transporte, que contempla a repavimentação de vias, criação de ciclovias e passeios. “Foram contempladas nesse projeto além da rua Caí, as ruas Iguaçu, Clemente Cifali, Fritz Beiser, Princesa Isabel, Avenida das Indústrias, Avenida Frederico Ritter e Avenisa Fernando Ferrari”. A ideia, ainda segundo o órgão, “era a criação de um sistema de transporte alternativo em direção ao distrito industrial”.

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