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14 de dezembro de 2024

Vereador acusa prefeito de utilizar estupro no mato para justificar projeto em Cachoeirinha

Ele se refere ao projeto para cercar o local.

Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Cachoeirinha desta terça-feira (25), o vereador David Almansa (PT) criticou a postura do prefeito Miki Breier (PSB) diante da tentativa de estupro de uma professora no Mato do Júlio no último domingo (23). Segundo ele, a Prefeitura tentou se utilizar do fato para aprovar um projeto que possui outros interesses, que não a segurança de quem utiliza o espaço.

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O parlamentar criticou que não houve nenhuma manifestação de solidariedade a vítima. “Não vi uma nota de solidariedade. Um aproveitamento. Aqui ninguém é ingênuo. A gente sabe que essa questão do Mato do Júlio envolve milhões de reais, tem muitos interesses e nós vamos ficar em cima. É um absurdo se aproveitar de um crime para tentar justificar um projeto”, opina.

Nesta segunda-feira (24), a Prefeitura de Cachoeirinha emitiu nota lamentando que “devido a questões político-ideológicas” um projeto de zoneamento da área não foi aprovado pela Câmara de Vereadores da cidade. A ideia do Executivo é de que esse seja um caminho para a solução definitiva do problema.

O vereador Mano do Parque (PSL) também criticou a nota. Em sua avaliação foi uma tentativa de culpar os legisladores por não aprovarem o projeto. Ele informou que a proposta em questão está com o Ministério Público e no momento não pode tramitar na Câmara. “É compromisso do município garantir ao cidadão a sua segurança”, disse.

A presidente da Câmara de Vereadores, Jussara Caçapava (PSB), do mesmo partido do prefeito, se manifestou sobre o caso. “E vai aqui o meu aviso ao nosso Executivo. Respeita o nosso Legislativo. Respeite essa vereadora aqui, essa mulher da Casa”, enfatiza.

A Prefeitura determinou o reforço da atuação da Guarda Civil na região, a análise das imagens para identificação do agressor, a instalação de novas câmeras de videomonitoramento e 180 metros de cercamento em gradil de concreto de 2 metros em toda extensão de divisa do Mato do Júlio com o Parcão.

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