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Canoas
26 de julho de 2024

Empresário de Canoas fica rico dando golpes e compra casa de luxo em Cachoeirinha

Ele ainda tem uma mansão de luxo em uma praia gaúcha avaliada em R$ 3 milhões

Um empresário de Canoas, alvo da Operação Laverna – deflagrada nesta terça-feira (8) pela Polícia Civil em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal – montou um patrimônio que passava dos R$ 4 milhões de reais dando golpes. Esse foi o levantamento feito pela Delegacia de Polícia de Guaíba.

De acordo com a investigação, o criminoso que não teve o nome divulgado para não atrapalhar o inquérito policial, adquiriu uma empresa que tinha mais de 17 anos no mercado e não tinha dívidas. A proprietária seguiu como dona nos papéis, mas o homem assumiu o comando dos negócios. “No primeiro momento eles adquiriam e pagavam as compras. Na segunda vez, faziam compras maiores e já não pagavam. Aí, eles revendiam com preços inferiores ao de mercado. Eles enriqueceram nesse processo”, conta a delegada Karoline Calegari, que coordenou as investigações.

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O criminoso aplicava o conhecido golpe da arara. Ele funciona da seguinte forma: realizar compras de outras empresas com entrega antecipada ao pagamento ou, até mesmo, com pagamento parcelado. Os fornecedores cumpriam com a obrigação da entrega, mas os golpistas não executavam o pagamento posterior. Ao menos 20 empresas já foram vitimadas. Elas estão localizadas em diversos estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e trabalham com produtos das mais diversas áreas. Todas relataram o mesmo modus operandi, variando apenas a pessoa que negociava com os credores.

O nome da empresa não foi divulgado, mas o CNPJ principal utilizado pela organização tinha boa reputação no mercado e conta com mais de 460 protestos somente na cidade de Guaíba/RS. O montante aproximado é de, no mínimo,  R$ 2,7 milhões em dívidas não pagas. Eles utilizam nome falso e CNPJ de terceiros mediante procuração. “Chama a atenção mais de 400 protestos de títulos de uma das empresas”, comenta o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).

A incompatibilidade do capital movimentado pelos investigados com o patrimônio registrado em seus nomes gerou suspeita de lavagem e ocultação de valores e bens. Além da residência em um condomínio de luxo de Cachoeirinha, o homem também tinha uma mansão na Praia de Xangri-Lá avaliada em mais de R$ 3 milhões.

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