Traficantes roubam medicamentos no Pronto Socorro para produzir droga

Além disso, eles foram descobertos porque vendiam mais barato que outros traficantes

A Polícia Civil prendeu três traficantes acusados de desviar medicamentos do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre nesta terça-feira (13). Eles usavam os remédios para fabricação caseira de uma droga que é conhecida como “purple dran” ou “lean” produzida à base de remédios e refrigerantes.

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O caso começou a ser investigado após uma médica procurar uma delegacia para denunciar que o nome dela estava sendo usado em atestados falsos para compra de codeína em uma farmácia. A profissional ficou sabendo após o farmacêutico perceber que a mesma médica receitava codeína para diversos pacientes e que a tele-entrega era sempre para o mesmo lugar. Além disso, eles foram descobertos porque vendiam mais barato que outros traficantes.

De acordo com a investigação, um dos presos é funcionários de uma empresa terceirizada que atua na farmácia da instituição e foi pego dentro do HPS.

Produção da droga

Para fazer o entorpecente, os criminosos utilizavam a codeína que é um medicamento de uso controlado da mesma família de produtos como morfina e heroína. Eles vendiam o entorpecente há mais de um ano pelas redes sociais.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde comentou o caso. Veja:

“A respeito da operação realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira, que prendeu três suspeitos de desviar medicamentos do Hospital de Pronto Socorro (HPS), a Secretaria Municipal de Saúde, através do Hospital de Pronto Socorro, informa que já vinha colaborando com as investigações, fornecendo todas as informações sob sigilo para não prejudicar o trabalho policial.

A instituição recebeu os lotes de codeína no mês de maio. A farmacêutica responsável pelo inventário percebeu a falta de 180 frascos do remédio e comunicou imediatamente os agentes. Com relação ao funcionário da empresa terceirizada apontado como envolvido no esquema, trata-se de um auxiliar de farmácia que trabalha há cerca de um ano no HPS. Ele será imediatamente afastado do cargo e a empresa terceirizada que prestava o serviço está em processo de substituição. O HPS abriu sindicância interna para apurar o ocorrido.

O Hospital de Pronto Socorro informa que vem adotando medidas para controlar com mais rigor a distribuição de medicamentos potencialmente perigosos e medicações de alta vigilância”.

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