A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o caso do adolescente autista de 15 anos espancado pelo próprio pai e pela madrasta no bairro Igara, em Canoas. Um dos objetivos dos investigadores é descobrir porque o pai agredida o próprio filho.
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A avó materna desconfiou que algo de ruim estava acontecendo e procurou a polícia. Ela relatou aos policiais que não podia mais ver os netos – o adolescente e uma criança de seis anos – e nem fazer vídeo chamada com eles. Porém, ela conseguiu falar com o neto mais velho e esse contou para ela que estava sendo espancado. O casal descobriu a confissão e, mais uma vez, agrediu o adolescente.
Sabendo das agressões, a mulher procurou a delegacia. Quando ficou sabendo do boletim de ocorrência o pai de 44 anos agrediu o filho violentamente. Aos gritos, ele alegava que o adolescente tinha estuprado o irmão mais novo, crime que nunca aconteceu.
Quando a polícia chegou até o menor, o encontrou com diversas lesões e hematomas pelo corpo, sangramento na cabeça, além dele estar sem movimento em um dos braços, por causa de uma pancada no cotovelo. Para os policiais, ele relatou que era obrigado a tomar banho gelado e era monitorado para que, em hipótese alguma, usasse o chuveiro quente. Com desnutrição, o menor contou que era obrigado a comer pimenta e era proibido a fazer a refeição com a família, porque, por ser autista cuspia na comida.
Pai e madrasta estão presos preventivamente. Eles não tiveram os nomes divulgados por causa da lei de Abuso de Autoridade.