CANOAS: mãe dopava e amarrava filho de 6 anos na cama para ter relações com o namorado

Ela tinha outra filha que ficava com a vizinha

A Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas deu detalhes na manhã desta quarta-feira (18) das torturas praticadas pela mãe contra o filho de 6 anos. Os crimes aconteciam no apartamento em que eles moravam no bairro Guajuviras, em Canoas. O namorado dela, um homem de 24 anos, também foi preso.

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O caso chegou até a polícia após uma denúncia ao Conselho Tutelar. Escutada inicialmente pelos policiais, a mulher de 28 anos, alegou que o crime era motivado pelo mau comportamento da criança que atrapalhava o relacionamento entre eles. O namorado porém deu uma versão completamente diferente o que chamou a atenção dos policiais. Segundo o delegado Pablo Queiroz Rocha, que coordenou a ação, eles serão escutados novamente.

A suspeita é que há pelo menos três meses a criança vinha sendo submetida a torturas. Os agentes obtiveram o que consideram provas da tortura, como fotografias da criança amarrada à cama. Também ouviram o depoimento da própria vítima, que revela ter tido as mãos queimadas no fogão e ter permanecido por longas horas presa na cama, sem sequer poder ir ao banheiro.

Em troca de mensagens com o namorado, a mulher chegou a planejar uma forma de abandonar a criança. “Vou levar ele no hospital e dizer que está mal, com diarreia e vômito. Aí ele vai ficar para fazer soro, vou dizer que vou na rua comprar algo para comer e vou abandonar ele lá”, escreveu. Ela ainda disse que dopava ele para que ambos pudessem ter relações.

O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana de Canoas (2ª DPRM), delegado Mario Souza, afirma que a ação policial evitou uma tragédia. “A criança corria risco de morte. Se a gente demorasse um pouco mais, mais uma vez teríamos a notícia da morte de uma criança

Após a investigação, o menino foi retirado da convivência dos presos e enviado para a casa do avô. Os nomes dos presos não estão sendo divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para preservar a identidade da vítima.

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