O ex-deputado federal de Canoas, Marco Maia (PT), se tornou réu em uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) que apura desvios na obras de expansão da Trensurb. Além dele, estão na lista os ex-ministros Eliseu Padilha e Paulo Bernardo. Este é um desdobramento da Operação Lava-Jato.
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A ação penal, que foi movida pela procuradora Jerusa Viecili, apura desvios na obra de expansão do trem de São Leopoldo até Novo Hamburgo. Ela foi recebida pelo juiz Adel Américo Dias de Oliveira, da 22ª Vara Federal de Porto Alegre, já que os acusados não possuem mais foro privilegiado. Eles respondem por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
A obra terminou em 2014, com R$ 953 milhões. A investigação, que segue as informações trazidas em delações premiadas por executivos da Odebrecht, segue a linha de que o ex-deputado teria cobrado 0,5% do valor do contrato para livrar as obras de “entraves”.
Além de presidente da Câmara dos Deputados, Maia já foi presidente da Trensurb. Conforme os delatores, ele aparece nas listas de propina da empreiteira como “Aliado”.
Para GZH, o advogado de defesa de Marco Maia, Daniel Gerber, afirmou: “Sem a menor sombra de dúvida teremos no processo a oportunidade de mostrarmos a inconsistência absoluta das acusações, baseadas exclusivamente na palavra de delatores, na planilha fornecida por eles e em mais nenhum outro elemento que indique veracidade no que foi afirmado”.
A equipe da Agência GBC tenta contato, mas ainda não obteve retorno.
