De acordo com o apurado por Agência GBC, a Sogal e o Sindicato dos Rodoviários de Canoas aceitaram a proposta feita pela Prefeitura de Canoas nesta quinta-feira (23) para que outra empresa passe a administrar os ônibus seletivos na cidade. A ação tem o objetivo de mediar o conflito entre a administração da empresa e a categoria após um indicativo de greve em função de atrasos nos salários.
A Sogal, no entanto, solicitou mudanças nas condições impostas pela Prefeitura. Os ítens que devem ser alterados ainda não foram divulgados, pois estão em análise na Procuradoria-Geral do Município. O acordo deve ser selado na próxima segunda-feira (27).
Receba as notícias de CANOAS pelo WhatsApp
O Executivo Municipal acredita que isso vai amenizar a crise que afeta o setor. Com o acordo, o Município se compromete a comprar antecipadamente passagens 768.750 passagens, um investimento de R$ 3.690.000,00 que serão destinadas para um novo programa social de combate ao desemprego e retomada do desenvolvimento, que deve beneficiar cerca de 10 mil canoenses.
Em contrapartida, a Sogal deve:
– Desistir da concessão do transporte seletivo (amarelinhas) sem receber qualquer tipo de indenização e implementar os 14 veículos usados nesta modalidade no transporte convencional, a fim de aumentar a frota em circulação. A medida permitirá que a Prefeitura possa, em até 90 dias, abrir licitação para outra empresa operar o sistema e romper o monopólio de ônibus na cidade.
– Melhorar imediatamente a qualidade do serviço prestado com retorno da frota ao patamar anterior à pandemia.
– Adotar o modelo de cogestão por meio de uma Junta Administrativa e Financeira, para que a Prefeitura possa monitorar os custos e pagamentos da empresa.
– Desistir das ações judiciais da empresa contra o Município.
Para o prefeito Jairo Jorge (PSD), a medida é urgente e necessária: “Tenho o compromisso de fazer uma nova licitação para mais empresas até 2023, quando se encerra o contrato atual, firmado em 2008 e renovado em 2019, pela gestão anterior. Quando assumi, em 1º de janeiro, os rodoviários estavam em greve. Desde lá procurarmos mediar os conflitos e melhorar o transporte coletivo na cidade”, relembra.