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Os estelionatários presos durante a Operação Blackmail deflagrada na manhã desta quarta-feira (8) pela Polícia Civil, em Canoas, estavam vendendo uma residência na Rua Hermes de Fonseca, no bairro Rio Branco. Durante os 10 meses de investigação da 4ª Delegacia de Polícia, mais de 15 pessoas compraram o mesmo imóvel.

Segundo a delegada Tatiana Bastos, diversas vítimas registraram ocorrência. Em todos os casos, os criminosos usaram o mesmo modus operandi: criaram anúncios em redes sociais falando sobre a venda de um imóvel no bairro Rio Branco e aguardavam contatos das possíveis vítimas. Assim que os interessados entravam em contato, os golpistas falavam os valores e em possíveis acordos.

Para seduzir as vítimas a fecharem negócios, os presos marcavam horários em cartórios de Canoas para a assinatura de um contrato de gaveta. Após assinarem, os compradores começaram a realizar os pagamentos do imóvel. Em seguida, de dentro da cadeia, o líder do grupo começava a proferir ameaças para que elas nem chegassem a ingressar nos imóveis.

A investigação apurou que os criminosos conseguiram arrecadar mais de R$ 100 mil. Foram apreendidos documentos e celulares. “A organização criminosa possui uma estrutura bem articulada e com divisão de tarefas específicas para cada envolvido, utilizando-se, além do golpe, de intimidações e ameaças que culminam no abandono da residência e no início de um novo ciclo de venda, com o mesmo modus operandi, com outras vítimas”, afirma Bastos que é titular da 4ª Delegacia de Polícia.