CANOAS | Quem são os vereadores que contrataram CCs com diplomas falsos

Parlamentares falaram sobre o caso.

Uma reportagem exibida na RBS TV na tarde desta terça-feira (12) aponta a existência de um esquema de diplomas falsos utilizados por pessoas que são CCs (cargos em comissão) na Câmara de Vereadores de Canoas. O caso foi denunciado ao Ministério Público (MP). 

Os vereadores denunciados são Cris Moraes (PV), Cezar Mossini (MDB), Gilson Oliveira (Avante) e Vani Piovesan (PT). Gilson e Vani não se manifestaram por escrito, mas falaram com a imprensa. Gilson disse que teve conhecimento em 2020 e exonerou o servidor. Depois que este terminou o Ensino Médio foi recontratado. Já Vani afirma que entrou como suplente após o vereador Emílio Neto (PT) assumir como secretário de Relações Institucionais na Prefeitura de Canoas e não mudou o quadro de servidores.

Declaração do Vereador Cris Moraes

O vereador Cris Moraes afirma que a nomeação é feita no setor de Recursos Humanos da Câmara, com documentações autenticadas em cartório. “Os documentos nunca passam pelo vereador. Tão logo fiquei sabendo do ocorrido e da falta de honestidade do servidor, solicitei exoneração imediata. Tenho um trabalho sério na causa animal e social a zelar e jamais compactuaria com isso”, afirma.

Declaração do Vereador Cezar Mossini

Mossini declara que a veracidade dos documentos necessários à nomeação para cargo na Câmara de Vereadores de Canoas “é de estrita responsabilidade do servidor que está sendo nomeado e do RH da Câmara, uma vez que essa documentação não passa pelo parlamentar e é realizado direto com o RH, sendo que, para nomeação é necessário que o servidor apresensente a documentação, assim como preencher, assinar e atestar a veracidade dos documentos e declarações fornecidas através dos formulários que a lei obriga”, garante.

Sobre a denúncia

Foram 17 funcionários denunciados sendo que, de acordo com o processo, quatro seguem empregados. Eles recebem salários entre R$ 2,7 mil e R$ 4,3 mil. Em depoimento aos promotores, uma das funcionárias que apresentou boletim com nota 8,6 em matemática, disse que nunca estudou na escola citada no diploma e que não existe mais na cidade.

Ao longo das investigações, a Secretaria Estadual de Educação também foi questionada. Eles apontaram que não haviam registros dos alunos nas escolas citadas e que não era possível atestar a veracidade dos diplomas. 

O processo foi arquivado pelo MP em fevereiro deste ano. Como justificativa, os promotores relataram que não havia indícios de improbidade administrativa, mas que um crime foi identificado e denunciado para a Polícia Civil. 

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