Hospitais de Canoas perderão R$ 1,2 milhão por mês a partir de julho

Impacto será de R$ 36 milhões até 2024.

A partir do mês de julho, Canoas começa a receber os novos valores de repasse do Programa Assistir, do Governo do Estado. Para o Hospital Universitário de Canoas (HU), o montante será de R$ 4.184.206,60, tendo uma perda mensal de R$ 620.129,60, em relação ao que era pago anteriormente. No Hospital de Pronto Socorro Prefeito Dr. Marcos Antônio Ronchetti (HPSC), o valor pago será de R$ 3.512.833,24, com perda de R$ 607.166,76. Sendo assim, a redução mensal será em torno de R$ 1,2 milhão ao mês. Estes valores serão mantidos até junho de 2023, quando o percentual de desconto aplicado no programa passará por novo reajuste.

O Assistir, até o final da gestão em 2024, impactará em corte de financiamento em R$ 36 milhões nos dois hospitais. Somado às defasagens nos repasses da União, este valor poderá chegar na casa dos R$ 50 milhões. 

A queda destes recursos causa um impacto gigantesco para o Município, pois a cidade possui três hospitais, além dos serviços da Atenção Básica, que precisam ser mantidos com qualidade. Atualmente, o Município de Canoas aporta mais repasses em saúde do que aquilo que recebe da União e do Estado. 

Para o secretário da Fazenda de Canoas, Luis Davi Vicensi, “o Assistir desloca valores para as cidades do interior, porém as altas e médias complexidades se concentram na capital e nas cidades da Região Metropolitana, que vão continuar recebendo estes pacientes e que continuarão tendo estes custos. Teremos que fazer grandes esforços para espremer os recursos de outras áreas, para continuarmos oferecendo estes serviços”.

Já o secretário municipal da Saúde, Aristeu Ismailow, reforça que o tema não foi amadurecido suficientemente para que o Governo do Estado implementasse o programa em 2022. Os impactos desta redistribuição serão sentidos, principalmente, na Região Metropolitana, que concentra grande parte da população. “A Prefeitura de Canoas não terá outra alternativa, se não a diminuição dos atendimentos aos quais era referência para os outros municípios. Não existe mágica. Sem dinheiro, os investimentos diminuem”, conclui.

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