UM ANO DE CASO MIGUEL | Corpo de menino de 7 anos morto pela mãe ainda não foi encontrado

Decisão por mantê-las presas foi unânime.

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça julgou nesta sexta-feira (29) um pedido dos advogados de defesa de Yasmin Vaz dos Santos e Bruna Nathiele Porto da Rosa, envolvidas na morte do menino Miguel, de 7 anos, morto em Imbé. A data é significativa, pois marca um ano do crime sem que o corpo tenha sido encontrado.

Em função disso, os advogados alegam que não há materialidade no caso. Mas o Tribunal decidiu por negar o pedido e levar ambas a julgamento mesmo assim.

Yasmin Vaz dos Santos foi presa em flagrante após procurar a delegacia de Imbé para comunicar o desaparecimento do filho Miguel. Ao longo da conversa com os policiais, ela confessou que dopou a criança e jogou no rio.

De acordo com a polícia, a mulher disse que não tinha nenhum sentimento pelo filho e deu fluoxetina para a criança antes de colocar o corpo em uma mala. Em seguida, ela saiu com a companheira e na, beira do rio, tirou o filho da mala e o arremessou no Rio Tramandaí. Ela não soube dizer se ele estava vivo ou morto.

A mãe e a madrasta de Miguel, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos, foram indiciadas pela Polícia Civil no dia 7 de agosto do ano passado. Elas respondem por tortura, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os crimes têm agravantes por se tratar de uma criança menor de 14 anos de idade e por ser contra um descendente. 

Depois de presa, Bruna chegou a tentar suicídio na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba e foi transferida para o Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre. O local recebe criminosos com doenças mentais que cumprem medida de segurança.

Agência GBC ainda tenta contato com a defesa, mas sem sucesso até o momento.

Durante o seu depoimento, a madrasta colocou a responsabilidade da morte do menino na mãe da criança. Segundo ela, Yasmin agredia “constantemente” o filho.

Bruna garantiu que a criança, de apenas 7 anos, foi brutalmente agredida no dia 27 de julho. Depois, Miguel foi dopado e elas o colocaram dentro de uma mala após ficar trancado durante horas em um poço de luz. O menino está desaparecido desde o dia 29 de julho de 2021, quando o Corpo de Bombeiros iniciou as buscas que se encerraram no dia 14 de setembro.

Questionada pelo juiz e pelo promotor de Justiça por não impedir a ação, ela disse que Yasmin lhe ameaçava. “Ela sabia exatamente como me controlar”, acusou.

Para GZH, a defesa de Bruna reafirma a inocência da sua cliente e afirma que estuda pedir a anulação do processo, já que três policiais que não estavam arrolados foram ouvidos. Já a defesa de Yasmin pediu sujspeição do juiz do caso, pois ele se emocionou ao ouvir o relato do que havia sido feito com o corpo do menino.

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!