Cláudia de Almeida Heger saiu da cadeia e vai cumprir prisão demociliar, após nova decisão da Justiça sobre o caso. Ela havia sido presa pela Polícia Civil no dia 9 de junho, junto com o filho Andrew Heger Ribas. Eles são acusados de matar Marlene dos Passos Stafford Heger, de 50 anos, e Andrew Heger Ribas, de 28 anos.
🚨 URGENTE CANOAS | Polícia prende, novamente, filha suspeita da morte do pai e da madrasta.
— Agência GBC (@AgenciaGBC) June 9, 2022
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Na nova decisão judicial, um laudo médico foi considerado, onde afirma que a suspeita está paraplégica. Conforme o advogado de defesa Rodrigo Schmitt, todos os envolvidos na última prisão serão processados. O receio do defensor é que Andrew continua preso e sua mãe pode ficar desassistida.
O despacho anterior atendia a um pedido do Ministério Público (MP) para que a prisão domiciliar fosse revogada. A justificativa apresentada era de que Cláudia saiu de casa, no sábado, para conceder entrevista. Para a acusação, isso descumpriu as determinações do benefício, já que mãe e filho deveriam permanecer na residência deles, no bairro Niterói.
Os dois estão respondendo pela morte de Rubem Heger de 85 anos e Marlene Heger Stafft de 53. Ambos estão desaparecidos desde o final de fevereiro.
Em nota, o advogado de defesa de mãe e filho, Rodrigo Schmitt, fala sobre a decisão judicial antiga, quando Claudia voltou para o regime fechado. (leia abaixo)
“Cláudia havida sido colocada em prisão domiciliar porque não foi levada para audiência de custódia, sendo informado que estava hospitalizada.
O Magistrado determinou que fosse esclarecida a situação de saúde dela e os ofícios foram ignorados.
Andrews não tinha previsão de vaga no IPF e ficou quase todo o tempo misturado a presos comuns.
O juiz concedeu a domiciliar frente a ausência de resposta sobre a situação de saúde dos dois e deu dez dias para que a defesa trouxesse documentos sobre a sua saúde. A liberdade foi concedida no dia 3.
Cláudia não tinha como ficar na sua casa que estava destruída. Enquanto os vizinhos arrumavam a casa dela, ela foi até uma Rádio dar entrevista poucas horas após a soltura, no caminho da prisão até a sua casa e no mesmo dia 3 já dormiu em casa e de lá não saiu. Recebeu todas as emissoras de TV em sua casa.
A defesa só teve acesso a decisão sobre a soltura do dia 3 no dia 7.
No dia 8, a juíza substituta entendeu que houve desrespeito a domiciliar concedida no dia 3 em função da entrevista (mesmo sem a defesa ter ciência das condições). No dia 8, no início da tarde, Cláudia foi de cadeira de rodas emprestada até Cachoeirinha, apresentou o passaporte e assinou o compromisso.
Horas depois a juíza substituta mudou a decisão do juiz titular alegando que agora tem vaga no IPF e que Cláudia não provou seus problemas de saúde.
Foi decretada a prisão ontem a noite, a defesa e Claudia foram informados ontem mesmo e o Delegado foi até a casa dela hoje, acompanhado do advogado de Cláudia, às 9h da manhã, para cumprir a ordem judicial.
A defesa já entrou com pedido de reconsideração e habeas corpus, mostrando que antes da prisão, Cláudia já tinha, além de diabetes e lupus, problema degenerativo na coluna que depende de fisoterapia (o que não existe no sistema carcerário) e juntou laudo psiquiátrico do HU que diz que Andrews precisa de acompanhamento psiquiátrico com a mesma psiquiatra, para continuar progredindo com seu tratamento que tem fundo afetivo e emocional e ele precisa criar vínculo com o terapeuta.
A defesa aguarda a decisão sobre os pedidos com a juntada de todos esses documentos.“