CANOAS | Filha acusada de matar pai e madrasta sai da cadeia e vai cumprir pena em casa

Na nova decisão judicial, um laudo médico foi considerado, onde afirma que a suspeita estå paraplégica.

Clåudia de Almeida Heger saiu da cadeia e vai cumprir prisão demociliar, após nova decisão da Justiça sobre o caso. Ela havia sido presa pela Polícia Civil no dia 9 de junho, junto com o filho Andrew Heger Ribas. Eles são acusados de matar Marlene dos Passos Stafford Heger, de 50 anos, e Andrew Heger Ribas, de 28 anos.

Na nova decisĂŁo judicial, um laudo mĂ©dico foi considerado, onde afirma que a suspeita estĂĄ paraplĂ©gica. Conforme o advogado de defesa Rodrigo Schmitt, todos os envolvidos na Ășltima prisĂŁo serĂŁo processados. O receio do defensor Ă© que Andrew continua preso e sua mĂŁe pode ficar desassistida.

O despacho anterior atendia a um pedido do MinistĂ©rio PĂșblico (MP) para que a prisĂŁo domiciliar fosse revogada. A justificativa apresentada era de que ClĂĄudia saiu de casa, no sĂĄbado, para conceder entrevista. Para a acusação, isso descumpriu as determinaçÔes do benefĂ­cio, jĂĄ que mĂŁe e filho deveriam permanecer na residĂȘncia deles, no bairro NiterĂłi.

Os dois estĂŁo respondendo pela morte de Rubem Heger de 85 anos e Marlene Heger Stafft de 53. Ambos estĂŁo desaparecidos desde o final de fevereiro.

Em nota, o advogado de defesa de mĂŁe e filho, Rodrigo Schmitt, fala sobre a decisĂŁo judicial antiga, quando Claudia voltou para o regime fechado. (leia abaixo)

ClĂĄudia havida sido colocada em prisĂŁo domiciliar porque nĂŁo foi levada para audiĂȘncia de custĂłdia, sendo informado que estava hospitalizada.

O Magistrado determinou que fosse esclarecida a situação de saĂșde dela e os ofĂ­cios foram ignorados.
Andrews nĂŁo tinha previsĂŁo de vaga no IPF e ficou quase todo o tempo misturado a presos comuns.
O juiz concedeu a domiciliar frente a ausĂȘncia de resposta sobre a situação de saĂșde dos dois e deu dez dias para que a defesa trouxesse documentos sobre a sua saĂșde.
A liberdade foi concedida no dia 3.

Clåudia não tinha como ficar na sua casa que estava destruída. Enquanto os vizinhos arrumavam a casa dela, ela foi até uma Rådio dar entrevista poucas horas após a soltura, no caminho da prisão até a sua casa e no mesmo dia 3 jå dormiu em casa e de lå não saiu. Recebeu todas as emissoras de TV em sua casa.

A defesa sĂł teve acesso a decisĂŁo sobre a soltura do dia 3 no dia 7.

No dia 8, a juĂ­za substituta entendeu que houve desrespeito a domiciliar concedida no dia 3 em função da entrevista (mesmo sem a defesa ter ciĂȘncia das condiçÔes). No dia 8, no inĂ­cio da tarde, ClĂĄudia foi de cadeira de rodas emprestada atĂ© Cachoeirinha, apresentou o passaporte e assinou o compromisso.
Horas depois a juĂ­za substituta mudou a decisĂŁo do juiz titular alegando que agora tem vaga no IPF e que ClĂĄudia nĂŁo provou seus problemas de saĂșde.

Foi decretada a prisão ontem a noite, a defesa e Claudia foram informados ontem mesmo e o Delegado foi até a casa dela hoje, acompanhado do advogado de Clåudia, às 9h da manhã, para cumprir a ordem judicial.

A defesa jå entrou com pedido de reconsideração e habeas corpus, mostrando que antes da prisão, Clåudia jå tinha, além de diabetes e lupus, problema degenerativo na coluna que depende de fisoterapia (o que não existe no sistema carcerårio) e juntou laudo psiquiåtrico do HU que diz que Andrews precisa de acompanhamento psiquiåtrico com a mesma psiquiatra, para continuar progredindo com seu tratamento que tem fundo afetivo e emocional e ele precisa criar vínculo com o terapeuta.

A defesa aguarda a decisĂŁo sobre os pedidos com a juntada de todos esses documentos.

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