O ‘grande eleitor’ de Luiz Carlos Busato (UB) nesta eleição é Eduardo Leite (PSDB). O tucano, por razões partidárias, não vai votar no ex-prefeito de Canoas – mas dará a força que tiver para que Busato seja eleito, bem eleito e, que sabe até, pense na hipótese futura de aceitar um eventual convite para ser secretário de Estado caso o próprio Leite seja reeleito governador.
O plano de Busato, vale dizer, é ser deputado federal. Até porque, para ser secretário, o vestibular são as relações – não a eleição.
Eduardo Leite tem dito por onde anda que a parceria com o União Brasil foi tão importante para sua candidatura quanto foi a do MDB, que indicou seu vice, Gabriel Souza. O União tem quase dois minutos diários de tempo nos programas eleitorais de rádio de TV. Parece pouco, mas é essencial para impactar eleitores e mobilizar uma campanha que encurtou – e ainda divide a atenção do eleitor com o cenário nacional, onde a disputa pela presidência da República já anda polarizada, quente e raivosa.
Leite está convencido de que o perfil conciliador de Busato facilita o trânsito político entre os aliados aqui no Sul, Estado famoso por levar a política e as relações na ponta da faca. E, de quebra, amplia o leque de opções para uma indiscutível investida do tucano rumo à presidência da República, em 2026 ou 2030.
Pensando em ter o apoio do União Brasil lá na frente para disputar o Planalto, Leite entendeu que Busato é a chave para o coração de Luciano Bivar – hoje, o todo-poderoso presidente do partido.
Mesmo sem dar o seu voto, Leite torce por Busato.