Mega operação termina com 20 criminosos que praticavam o golpe dos nudes na cadeia

Criminosos se passavam por parentes de menor ou policiais para enganar as vítimas.

A Polícia Civil prendeu ao menos 20 pessoas suspeitas de estelionato em oito cidades do Rio Grande do Sul durante uma operação nesta sexta-feira, dia 2. As ações acontecem em Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Viamão, Santa Cruz Do Sul, Novo Cabrais e Cruz Alta. A maioria é relacionada ao “golpe dos nudes”.

Houve um caso em que uma vítima do golpe dos nudes foi lesada em mais de R$ 150 mil. Em outro, uma delas retirou a própria vida por conta das extorsões. No total, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, sendo que 23 deles estão relacionados a golpes dos nudes. O delegado Meinerz explica que esse tipo de crime começa com a criação de perfis falsos em redes sociais. Os perfis, geralmente, são de mulheres jovens que aparentam ser menores de idade. Nos perfis, são postadas fotos sensuais – retiradas de páginas de terceiros.

Os perfis falsos, então, começam a disparar convites de amizade para homens, normalmente mais velhos e que aparentam ter grande poder aquisitivo. Os estelionatários e as vítimas começam a trocar mensagens e, quando as vítimas recebem fotos dos golpistas, elas começam a ser extorquidas por pessoas que se identificam como parentes da mulher ou policiais dizendo que ela é menor de idade e que, por isso, vai denunciá-las caso não pague os valores exigidos.

Já em relação ao golpe do transporte por aplicativo, o delegado Meinerz conta que os criminosos criam perfis em redes sociais em nome de terceiros, geralmente usando fotos antigas de perfis reais.

Criados os perfis falsos, os golpistas começam a fazer negociações com diversas pessoas que ofertam produtos em plataformas de compra e venda de produtos na internet. No golpe, os perfis falsos entram em contato com alguém que oferta os produtos, manifestando interesse na compra. Fechada a negociação, os golpistas enviam um suposto motorista de transporte por aplicativo até a casa do vendedor e simula a realização de uma transferência bancária, inclusive enviando comprovante falso para a vítima. Ela, acreditando ter recebido o valor, entrega o produto para o estelionatário, que, na verdade, é comparsa dos outros criminosos.

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