O final de ano do prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella, será o prenúncio de um grande 2023. Tocando a obra da policlínica e sem grandes conflitos internos no governo, está com a adaga e o goiabada na mão para um passo adiante – no partido e na política da região.
Há uma semana, na Granpal, ouviu de Gabriel Souza (MDB), vice-governador eleito do RS, e de Paulo Pimenta, o cara do PT gaúcho na transição de Lula, em Brasília, que os ‘tapetes vermelhos’ estão estendido ao prefeito. Tem uma lógica, isso – além da camaradagem ou da boa educação. Nova Santa Rita é destaque no empuxo logístico porque tem áreas disponíveis e fácil acesso rodoviário. Nos planos dos grandes players do e-commerce nacional, a cidade virou estratégica para a meta de entregar pedidos em 24h – o que, nos Estados Unidos, aliás, é praxe. Gabriel, que sabe que será o sucessor natural de Eduardo Leite em 2026 aposta que um dos eixos de crescimento econômico do Estado passa pela logística – inclusive internacional, afinal, o Mercosul cambaleia mas ainda para em pé e já se ouve rumores até de uma moeda comum para os países integrantes do bloco, a exemplo do Euro na União Europeia.
O processo é parecido em relação ao PT. Com o recente escândalo IBSaúde e seu epicentro em São Leopoldo, Ary Vanazzi desgasta. Nova Santa Rita não é a Atlântida perdida para a esquerda raíz, mas pode virar case de gestão para médias e pequenas cidades – alvo da federação PT/PV/PCdoB para 2026. O partido que já comandou todos os maiores PIB’s do Estado e hoje encolheu tem uma perspectiva de renovação a partir de experiências como a iniciada por Margarete Ferreti e seguidas por Battistella em Nova Santa Rita. Se conseguir fugir da histórica miopia petista em relação às suas disputas internas, o grande ano de 2023 que se avizinha para o prefeito de Nova Santa Rita pode ser grande também para o PT, para o governo Lula e a o novo horizonte para a esquerda no Sul.