Adão Paiani, o advogado gaúcho radicado em Brasília que defende Jairo Jorge nas cortes superiores, ‘riscou o chão’, como diria a gauderiada lá da fronteira; pediu briga com o Ministério Público, sem segredos. Em conversa com o blog, rechaçou o que chama de “evidente tentativa do MP de inflienciar a decisão dos vereadores de Canoas na votação do pedido de afastamento do prefeito Jairo Jorge”.
“Isso demonstra uma inequívoca disposição de travar publicamente uma discussão que deveria ficar restrita aos autos de uma denúncia que ainda sequer foi admitida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande”, disse. “Ou os procuradores de Justiça dão um basta a esse tipo de conduta, ou teremos problemas. Eles não terão mais o monopólio das narrativas. Basta de continuarem tentando impor, impunemente, versões fantasiosas dos fatos.”
Paiani reforça a fala que já havia feito antes de que a ação contra Jairo Jorge é midiática. Ele repetiu o discurso em entrevista ao colega Wagner Andrade, da Rádio Real, nesta segunda-feira, 26. “A atuação do Ministério Público deve ocorrer dentro de limites legais e constitucionais, e não conduzida pela busca de notoriedade, em ações midiáticas, espetaculosas e intervencionistas, como tem ocorrido até agora. Abusos e arbitrariedades não serão mais tolerados. Isso acaba aqui”, comentou.
Por fim, elogiou a postura da Câmara que, na noite desta terça-feira, 27, rejeitou por 18 a 1 o pedido de abertura de uma comissão processante para cassar o mandato de Jairo Jorge. “Parabéns aos vereadores canoenses pela altivez e independência com que resistiram às pressões recebidas, rejeitando uma tentativa golpista e desprovida de qualquer razoabilidade”, avaliou.