2023 começa para o governo Nedy de Vargas Marques ainda com a ‘herança’ de 2022. Durante a semana, a Secretaria da Fazenda ainda trabalha para fazer os últimos lançamentos contábeis e finalizar o déficit financeiro do ano. Em outubro, a expectativa era de fechar o ano com R$ 300 milhões negatitivos – pouco mais de 12% de um orçamento estimado em R$ 2,4 bilhões. Antes que alguém se apresse à conclusões, importa dizer que o principal causador do déficit em 2022 não é a gestão, mas a pandemia e o fim dela; a arrecadação caiu com as medidas federais e estaduais de incentivo à retomada econômica e abriu pequenos – ou grandes – rombos nas contas municipais. Só de ICMS com a redução da alíquota imposta aos combustíveis estima-se uma perda de R$ 30 milhões.
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O blog teve a informação de que o governo aproveita a primeira semana do ano para definir que projetos serão retomados e que iniciativas devem ser abandonadas neste início de 2023. O primeiro critério a ser considerado parece óbvio – mas mesmo as obviedades, às vezes, precisam ser repetidas. A ordem é só tirar do papel o que tiver recurso para ser executado. Projetos com recursos vinculados, por exemplo, tem mais chance do que aqueles que dependem do ‘humor’ do caixa próprio, tão sujeito às intempéries do momento econômico. Obras estratégicas, como a continuação da perimetral, estão garantidas e processos licitatórios em andamento. Saúde e Educação, por sua vez, devem por na ponta do lápis um plano de ação de agora até março.
No campo político, Nedy procura um articulador para fazer a interlocução com a Câmara após a demissão do vereador Emílio Neto (PT) da Secretaria de Relações Institucionais. Com o parlamento em recesso até fevereiro, o prefeito em exercício ganha um tempo para escolher o nome que agrade os líderes políticos por lá e seja da confiança do paço. O prefeito, no entanto, já trabalha com algumas hipótese e pode anunciar o novo secretário ainda nos próximos dias.