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Fernando Luis do Val Junior é o preso considerado foragido n°1 do Rio Grande do Sul que foi preso pela Polícia Civil. Ele estava escondido em Orlando, nos Estados Unidos, mas foi pego após chegar em condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
De acordo com o delegado Gabriel Borges, que coordenou a prisão, Val Junior era um dos alvos da Operação Kraken que foi deflagrada a partir de Canoas em 2022. Durante a investigação, os policiais apuraram que ele coordenava o esquema logístico de distribuição de cocaína por transporte aéreo.
Além disso, o preso também é um dos responsáveis por transportar e traficar armas de fodo de guerra. Uma delas era uma metralhadora .50 com capacidade de derrubar aeronaves.
Porém, na época da ofensiva, os policiais descobriram que o criminoso fugiu para os Estados Unidos.
Continuou atuando lá fora
Conforme Borges, o preso se aliou a um americano e montou uma empresa de aluguéis de veículos na Flórida para lavagem de dinheiro. Por lá, os investigadores também apuraram que ele levava uma vida de alto luxo, viajando em barcos de alto padrão e frequentando locais de encontro de celebridades.
Mesmo no meio do lazer, os agentes do DENARC, descobriam que Fernando aumentou a sua prática criminosa. Ele dominou a rota de tráfico aéreo de drogas no Rio Grande do Sul e, por semana, colocava mais de 400kg de cocaína nas bocas de fumo gaúchas.
Voltou para o Brasil
Após escapar duas vezes da prisão, em novembro e dezembro de 2022, o criminoso voltou para o Brasil. Ele se escondeu em um condomínio de luxo no Rio de Janeiro.
Após ser localizado pelos policiais da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico, em uma rápida intervenção, prendeu o bandido em um restaurante da Barra da Tijuca. “a operação envolveu um grande esquema logístico e operacional, em razão de todo o risco apresentado, mas que o êxito só foi possível pela vigilância e atenção constante no movimento das grandes lideranças do crime organizado”, relata Borges.
A reportagem de Agência GBC busca contato com o advogado de defesa do preso. Porém, Jeverson Valter Leonel Barcellos, que responde pela defesa de Fernando, encaminhou a seguinte nota para GZH:
“O Fernando não tem condenação, está respondendo três ações penais. Sua ida para os Estados Unidos ocorreu quando estava em liberdade provisória, foi para regularizar documentação de uma empresa que possuía. Diante da reversão da medida liminar no habeas corpus, ficou trabalhando com locação de veículos naquele país. Estava defendendo-se nos processos. Porém, após cisão processual determinada pela 1ª Vara Criminal de São Leopoldo, bem como, por ter família constituída na capital e uma filha de 5 anos de idade, retornou para poder participar presencialmente da audiência aprazada para 13/03/23 em São Leopoldo”.