NĂŁo serĂĄ tĂŁo rĂĄpido que conheceremos o nome do novo presidente da Trensurb S.A., a empresa pĂșblica federal responsĂĄvel pela administração da Ășnica linha metrĂŽ no Rio Grande do Sul. Embora as articulaçÔes polĂticas estejam bem avançadas e o nome do ex-deputado estadual e ex-vereador canoense Nelsinho MetalĂșrgico siga encabeçando a lista de apostas para o comando da estatal, um necessĂĄrio procedimento administrativo impede uma posse imediata: o nome dos novos diretores precisam ser submetidos ao conselho de administração da companhia e a prĂłxima reuniĂŁo do colegiado sĂł acontece no final de fevereiro.
Esse Ă© o prazo para que sejam superadas algumas costuras polĂticas. O blog soube que os ministros Alexandre Padilha, da Secretaria de Governo, e Rui Costa, da Casa Civil, estĂŁo cuidando do assunto. Um assessor do ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, tambĂ©m participa das discussĂ”es e acompanha as nomeaçÔes para todos os postos federais no Estado. AlĂ©m da Trensurb, as diretorias do Grupo Hospitalar Conceição e do Centro Federal de Tecnologia sĂŁo as posiçÔes mais cobiçadas nĂŁo sĂł por integrantes dos quadros petistas, mas tambĂ©m de partidos aliados.
No caso do trem, Nelsinho tem a concorrĂȘncia do companheiro de partido Fernando Marroni, que foi prefeito de Pelotas e deputado federal, mas hoje estĂĄ terminando um mandato na Assembleia Legislativa gaĂșcha para o qual nĂŁo fora reeleito. Marroni tambĂ©m aparece cotado para um cargo ligado ao MinistĂ©rio da CiĂȘncia e Tecnologia e pode, portanto, sair do pĂĄreo.
Aliados do governo Lula, como MDB, chegaram a apresentaram a intenção de comandar a Trensurb – aliĂĄs, seguir no comando, jĂĄ que o atual presidente, Pedro Bisch Neto, Ă© emedebista. O partido, no entanto, nĂŁo deve permanecer. O MDB gaĂșcho nĂŁo apoiou a eleição petista e uma fonte ligada ao Planalto indicou ao blog que, por conta disso, nĂŁo deve ser contemplado com postos federais de grande visibilidade.
Outro ponto que ainda emperra o anĂșncio da presidĂȘncia da Trensurb Ă© a composição da diretoria da companhia. Partidos como o PV jĂĄ tiveram a sinalização de que poderĂŁo ser contemplados nos escalĂ”es abaixo do comando geral, mas ainda dependem da formalização das indicaçÔes. ApĂłs essa etapa, cada nome Ă© submetido a uma verificação de segurança institucional e ainda precisa se enquadrar na recente Lei das Estatais, que impede a posse imediata de dirigentes partidĂĄrios em cargos de ponta nas estatais.
Neste caso, o fato da reunião do Conselho de Administração acontecer somente no final de fevereiro, é um aliado.