Empresário forja assalto à própria loja e acaba preso

Homem de 43 anos confessou o crime para policiais militares

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A Polícia Civil de Cruz Alta, no Noroeste do Rio Grande do Sul, prendeu de forma preventiva, na manhã desta sexta-feira (17), o dono de uma loja de armas do município que foi furtada no dia 9 de fevereiro. Conforme a investigação, a ação foi orquestrada pelo proprietário, que não teve o seu nome divulgado.

Um total de 49 armas de fogo, entre pistolas, submetralhadoras e até um fuzil, estavam no arsenal levado no falso furto.

A polícia ainda investiga os motivos que levaram o proprietário a organizar o furto. Todo o arsenal teria sido desviado para uma facção criminosa que atua na região de Cruz Alta.

Batizada de “Senhor das Armas”, a operação foi deflagrada na manhã desta sexta com apoio da Força Tática da Brigada Militar (BM). Além do proprietário, outra pessoa envolvida no caso foi presa de forma preventiva – outros dois indivíduos foram presos em flagrante por tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo.

De acordo com o delegado Ricardo Drum Rodrigues, responsável pela operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em residências de familiares do proprietário e de pessoas suspeitas de executarem o furto.

Os agentes apreenderam um veículo, celulares, documentos, uma grande quantidade de munição e armas. A polícia ainda investiga se as armas apreendidas fazem parte do montante furtado na semana passada.

“Na verdade, tudo é uma construção. Se constrói a partir da análise da cena do crime, quebras telemáticas. Toda uma construção da investigação levou a esses fatos. O que ele [proprietário] esperava? Não sei. Talvez as armas nem estivessem lá. Tudo ainda está sendo apurado. O que nós temos de concreto é que o envolvimento dele com o fato é muito forte”, explica Rodrigues.

O delegado responsável pelo caso também acrescentou que chamou a atenção da polícia o fato de muitos clientes da loja serem familiares de criminosos ligados ao tráfico de drogas da região. Apesar disso, as armas envolvidas no falso furto estavam com toda a documentação em dia.

Os presos na operação foram encaminhados ao Presídio Estadual de Cruz Alta e devem responder por comércio ilegal de armas de fogo, associação criminosa e falsa comunicação de crime. Em caso de condenação, pena prevista deve passar dos 12 anos de detenção, segundo a polícia.

Fonte: G1.

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