A impedância da política exige que a gente fique atento e dê respostas adequadas à sensibilidade de eleitorado, especialmente em tempos de conexão onipresente em que tudo ou quase tudo vira assunto nas redes e no zap do povo. Juares Hoy (PTB), o mais polêmico dos nossos parlamentares, teve seu teste de ferro na última semana e, para não viver dias de ‘Sandro Fantinel’, o cancelado vereador da Serra que se meteu de pato a ganso no caso dos safristas da uva de Bento Gonçalves, tomou uma atitude. Juares publicou vídeo em suas redes sociais no final de semana pedindo desculpas a Giovanni da Rocha, o presidente do MACA, por comentário que fez também em uma rede social com forte conotação homofóbica. O assunto virou pauta da política: até o prefeito afastado Jairo Jorge comentou, em suas redes, a fala de Juares.
Reputo que atitude de Juares, ao pedir desculpas a Giovanni, foi correta.
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Pedir desculpas por algo dito não é humilhação para ninguém. Teimosia, é. Insistir no erro também. Especialmente em um assunto tão sensível para sociedade dos nossos tempos, esse que toca às liberdades de cada um. Juares é um homem acostumado ao palavrório ostensivo. À controvérsia. A ter lado. A não fugir da briga. E a passar do ponto, às vezes, como passou neste caso com Giovanni Rocha. “Nossa disputa é política. Ele está de um lado, eu de outro. Não o conhecia até este episódio. Peço desculpas se o ofendi de algum modo”, diz Juares, no vídeo.
O MACA, Movimento Ação por Canoas, emitiu uma nota logo que o pedido de desculpas de Juares foi publicado. Nela, reforça o apoio ao presidente da entidade, Giovanni Rocha, e o repúdio à qualquer forma de preconceito. “Evoluir é reconhecer nossos erros, como forma de justiça”, diz o texto. O texto foi parar na conta de Giovanni Rocha no Instagram. Ele ainda pretende ir à Câmara e falar sobre o trabalho que o MACA vem fazendo. Se o episódio está superado, só veremos na sequência dos dias.