Nos Ășltimos anos tem se polemizado o termo “liderança humanizada” nas corporaçÔes. Preocupados com a saĂșde mental dos colaboradores, os gestores buscam um modelo de liderança mais tolerĂĄvel. Segundo a Organização Mundial da SaĂșde – OMS: “O predomĂnio de depressĂŁo no Brasil na rede de atenção primĂĄria de saĂșde Ă© de 10,4%”.
Como Ă© possĂvel equalizar tantas funçÔes, gerir e se tornar responsĂĄvel pela saĂșde mental de seus colaboradores? E como cobrar de um lĂder, muitas vezes, um dos grupos mais estressados da organização, a responsabilidade pelo bem-estar de outros? Estas sĂŁo as perguntas de lĂderes e de corporaçÔes em reflexĂŁo a nova ideia da liderança humanizada.
A prĂĄtica da liderança humanizada tem como foco dois pontos principais: a boa comunicação e a cooperação dos lĂderes para com seus colaboradores. A nova ideia de liderança prioriza e valoriza a adaptação Ă s singularidades de cada indivĂduo. No mercado, inĂșmeros cursos e treinamentos surgem com propostas pautadas em humanização.
A PontifĂcia Universidade CatĂłlica de SĂŁo Paulo, (PUC), em seu curso: âLiderança Humanizada com Base em NeurociĂȘncias, conexĂ”es Humanas e SaĂșde organizacionalâ, enfatiza a qualidade dos relacionamentos, ambientes e valores como fatores determinantes para a saĂșde organizacional: âUm dos pilares da liderança Ă© construir conexĂ”es com as pessoas, valorizando a diversidade, a qualidade das relaçÔes e o autoconhecimento para atingir os objetivos; daĂ a importĂąncia de ser um lĂder humanizadoâ, informa na descrição de seu curso.
âEmpatia pode e deve ser aprendida. Para uma gestĂŁo humanizada, considerar mudanças na sistematização das prĂĄticas de liderança Ă© fundamental. Equipes crescem Ă medida que criam confiança. AçÔes mais humanas promovem maior engajamentoâ, comenta Neiva Gonçalves, diretora da Sucess People. O modelo de liderança vertical jĂĄ demonstrou, que diminui a produtividade da organização, na medida que estreita a comunicação e aumenta o burnout.
FlĂĄvia Oliveira, psicĂłloga especialista em desenvolvimento de liderança e consultoria de negĂłcios na empresa Neuro Success, empresa de desenvolvimento pessoal e felicidade corporativa, que atua no territĂłrio nacional e internacional com mais de 14 mil seguidores, comenta que estĂĄ na qualidade das relaçÔes o ponto de partida: âPara o lĂder proporcionar o bem-estar do colaborador, ele precisa estar bem. Ă preciso encontrar o equilĂbrio reduzindo a pressĂŁo para ambos os lados e nĂŁo desumanizando quem estĂĄ na linha de frente da empresa. Ă preciso humanizar tambĂ©m a liderançaâ.
Soft Skills sĂŁo tĂ©cnicas de aprimoramento e existem metodologias que treinam as habilidades socioemocionais. Ampliar as competĂȘncias do lĂder para uma atuação humanizada, consiste na chave que abre as portas de relaçÔes mais saudĂĄveis e melhor performance do time: âOrganizaçÔes que ferramentam os seus lĂderes, multiplicam as habilidades socioemocionais, na medida que comunicam seus valores atravĂ©s do exemploâ, FlĂĄvia tambĂ©m destaca que hĂĄ um erro quando se deseja contratar um lĂder, que traga na bagagem as habilidades socioemocionais: âestĂĄ no aprendizado o pilar do desenvolvimento pessoal e torna-se uma garantia para ambos, lĂder e empresa, quando o profissional entende que hĂĄ o interesse da organização em seu crescimentoâ, completa.