Quem vem pela BR-116 de Morro Reuter atĂ© Esteio verĂĄ nos postos a margem da estrada o preço da gasolina comum a R$ 4,79. Ao chegar em Canoas, cidade onde estĂĄ situada uma estação da PetrobrĂĄs, o preço inexplicavelmente sobe. Por aqui, Ă© difĂcil achar quem venda a menos de R$ 5,19.
No dia 18 de abril, a reportagem de AgĂȘncia GBC conversou com frentistas perguntando o motivo da diferença no preço. A resposta foi de que se estava reduzindo gradualmente o valor, mas atĂ© estĂĄ quarta-feira (26) isto nĂŁo ocorreu.
No dia 10 de abril o preço começou a subir em todo o paĂs. Foi a primeira vez depois de trĂȘs semanas em queda. PorĂ©m, nĂŁo houve nenhum reajuste apĂłs a retomada dos impostos federais, no dia 1° de abril que justifique uma nova mudança.
O Procon de Canoas nĂŁo recebeu nenhuma denĂșncia de aumento de preço de combustĂvel nos Ășltimos dias. O ĂłrĂŁo explica que atualmente no Brasil, os Ășnicos produtos que detĂȘm o tabelamento de preços sĂŁo o cigarro e medicamentos, nĂŁo cabendo ao Estado e tampouco ao Procon determinarem o preço de comercialização dos produtos. Os fiscais acompanham a variação dos preços de combustĂveis junto aos postos, a fim de verificar possĂvel aumento abusivo dos preços, ou seja, sem justificativa.
Quando hĂĄ suspeita ou denĂșncia relacionada a aumento abusivo nos preços dos combustĂveis, o Procon analisa os Livros de Registro de Movimentação de CombustĂvel (LMC) e as notas fiscais de entrada e saĂda desses produtos, e verifica se os valores praticados estĂŁo dentro da margem de lucro permitida. “De maneira mais prĂĄtica, os postos podem comercializar os combustĂveis a um valor atĂ© 20% superior ao valor de compra das distribuidoras. Dessa forma, o consumidor pode questionar o posto sobre o valor de compra do combustĂvel (verificado na nota de entrada) e fazer um cĂĄlculo percentual para saber se o valor de venda no posto (saĂda) estĂĄ dentro da margem de lucro permitida. Acima desta margem de lucro pode ser considerado aumento abusivo”, explica o Procon.