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Um dos alvos da Operação Extorsor, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27), em Canoas colocou fogo no celular antes de ser preso. Ele é suspeito de integrar um dos grupos criminosos acusados de extorquir moradores do bairro Mathias Velho.
Conforme informações apuradas pela reportagem de Agência GBC, os policiais chegaram na residência do acusado para cumprir o mandado de prisão, mas ele não estava. No local, eles descobriram que mesmo sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, o homem estava atuando como motorista de aplicativo.
O veículo conduzido pelo alvo foi visto andando perto da residência. Imediatamente, ao perceber a presença dos policiais, ele tentou fugir, mas em seguida foi abordado.
Durante a abordagem, os policiais constaram que o alvo tinha colocado fogo no próprio celular dentro do veículo. O aparelho ficou destruído. A polícia acredita que o objetivo era esconder provas. “Ele ateia fogo no próprio celular em perseguição policial, demonstrando assim que eles mesmos querem a preservação da liderança por trás ou de alguma facção ou de algum grupo que esteja por trás. Isso é a evidência máxima de que a destruição de celulares por parte desses criminosos demonstra que a um elo maior”, pontua o delegado Marco Guns, que coordenou a operação.
Investigação
Os agentes da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas apuraram seis casos de extorsão ocorridos nos últimos meses. Nas ocorrências, o modus operandi dos criminosos se repete: “Há depredação de residências e estabelecimentos, tiros na frente da casa dos moradores e até o sequestro de uma das vítimas”, conta Guns.
Após a operação, segundo o delegado titular da 1ª DP, o objetivo é aprofundar a investigação para identificar se existe uma líder comandando as extorsões. “Nós não temos ainda a identificação de que um grupo criminoso opera todos os elos de extorsão. Isso cabe a nós, nas próximas semanas, identificar, porque de fato é algo que se tornou comum e nasce a partir desse desastre econômico da pandemia, que as pessoas razoáveis financeiramente conseguem buscar auxílio em um banco. Pessoas pobres ou comércios pequenos não tem mais esse crédito e tiveram que buscar auxílio em empréstimos pessoais”, comenta.
Cinco criminosos foram presos.
Aguarde mais informações
