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08 de novembro de 2024

Celulares e redes sociais contribuem para a insônia

A insônia é um dos problemas de saúde que afeta a maior parte da população global, incluindo aproximadamente 72% dos brasileiros, segundo um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Outra pesquisa, a Acorda Brasil, divulgada em 2021 pela plataforma Persono e pela consultoria Unimark/Longo, aponta que 62% dos brasileiros dormem mal, um índice muito acima da média mundial apurada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Essa condição de sono irregular pode ser desencadeada por diversos elementos, que vão desde desequilíbrios hormonais até a utilização excessiva de aparelhos eletrônicos, como smartphones, internet e mídias sociais. A própria pesquisa Acorda Brasil mostra que 78% dos brasileiros têm o costume de levar o celular para a cama, o que é seguido principalmente pelos mais jovens e entre as mulheres.

“A insônia pode se manifestar de diferentes maneiras, como insônia inicial, em que a pessoa demora a pegar no sono ao se deitar, e insônia intermediária, em que a pessoa acorda várias vezes durante a noite. Também existe a insônia transitória, que é de curta duração e está geralmente relacionada a eventos pontuais de estresse, ansiedade ou preocupação”, explica a psicóloga do Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (Napps) da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), Tatiana Carvalho Socorro.

As causas da insônia podem variar, incluindo fatores ambientais, como mudanças no ambiente de sono, temperatura, ruídos e iluminação inadequada. Problemas emocionais, como estresse, ansiedade, depressão e transtornos mentais, também podem desencadear a insônia. Além disso, doenças físicas, uso de medicamentos, consumo de álcool, cafeína e hábitos inadequados de sono a longo prazo podem contribuir para o desenvolvimento da insônia.

O diagnóstico da insônia é geralmente feito com base na história clínica do paciente, considerando seus hábitos de sono, fatores emocionais e outros sintomas relatados. O tratamento da insônia pode envolver abordagens não farmacológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, que inclui técnicas de higiene do sono, relaxamento e controle dos estímulos que interferem no sono. Em casos mais graves, quando a insônia está relacionada a distúrbios como ansiedade e depressão, pode ser indicado o uso de medicamentos específicos.

“Adotar bons hábitos de sono é fundamental para combater a insônia. Algumas dicas incluem estabelecer uma rotina de sono regular, evitar o consumo de estimulantes antes de dormir, criar um ambiente propício para o sono, evitar sonecas durante o dia e praticar exercícios físicos regularmente”, explica a psicóloga.

Se os sintomas persistirem e afetarem significativamente a qualidade de vida, é importante buscar ajuda médica. Um clínico geral ou um especialista em medicina do sono podem fornecer o diagnóstico adequado e orientar o tratamento mais adequado para cada caso.

Em suma, a insônia é um problema de saúde comum que afeta muitas pessoas. No entanto, com o tratamento adequado, mudanças nos hábitos de sono e adoção de medidas saudáveis, é possível controlar e melhorar a qualidade do sono, proporcionando um impacto positivo na vida das pessoas afetadas pelo distúrbio.

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