CLIQUE AQUI para receber as notícias no WhatsApp
A 3ª Delegacia de Polícia de Canoas deflagrou na manhã desta quarta-feira (25) a segunda fase da Operação Linha Cruzada. Com o apoio da Polícia de São Paulo, o objetivo é desarticular um grupo criminoso que aplica o golpe da Falsa Central ou Golpe do Falso 0800.
Segundo a Polícia Civil, a operação é resultado de uma investigação que começou ainda em 2022. “Foi uma investigação complexa que expôs um esquema em vários estados no país, desafiou a equipe e exigiu uma investigação qualificada que ultrapassou fronteiras”, afirma a delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª DP de Canoas.
Foram efetuadas 15 prisões temporárias em São Paulo, sendo nove homens e seis mulheres. Alguns, conforme a polícia, eram “ponteiros”. Eles se dividiam nas seguintes funções: abordagem, operação de contas e a realização de chamadas com as vítimas.
Além das prisões, os 60 policiais civis do Rio Grande do Sul e de São Paulo que participaram da ofensiva apreenderam celulares, cartões de contas bancárias usadas nos golpes e dinheiro.
Como funciona o golpe
No golpe da Falsa Central, os golpistas tem o objetivo de fazer com que a vítima acredite que está falando com a sua própria instituição financeira. É uma fraude eletrônica que visa obter as senhas e dados pessoais do usuário.
Uma mensagem de texto enviada por um “short code” – números de cinco a seis dígitos normalmente utilizados por grandes empresas -, com o nome do banco que a vítima possui conta e alegando que uma transação foi autorizada, seguido de um número para contato com 0800.
Tudo parece verídico, mas, na verdade, trata-se de um golpe que vem crescendo e levou bancos de todo o país a alertarem seus usuários.
Para tornar o crime mais convincente, os golpistas usam softwares para alterar os números de telefone. Eles mascaram os números através da ajuda de plataformas eletrônicas e, assim, as vítimas acreditam que é, de fato, a sua instituição financeira, pois o número é o mesmo que consta no canal oficial dos bancos.
No entanto, estes softwares, criam um cruzamento de números e redirecionam as chamadas para os criminosos. Deste modo, quando a pessoa entra em contato com o 0800, o golpista induz a pessoa a fornecer informações ou executar alguma ação, normalmente para obter senhas, números de cartões de crédito e tokens de autentificação para operações financeiras.
“A complexidade do golpe do “falso telemarketing” chama atenção, trazendo uma falsa realidade de difícil percepção. Estamos atentos a este tipo de ação criminosa e especializando nossas equipes para que mais investigações alcancem os responsáveis. O trabalho continua e a integração entre as polícias civis estaduais são essenciais para desvendar os criminosos”, ressalta o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).