NO ESCURO E COM BARATAS: Mãe encontra filho de 1 ano esquecido por funcionários em creche

Na ocorrência, é relatado que os funcionários haviam deixado o local meia hora antes do fim do expediente

CLIQUE AQUI para receber as notícias no WhatsApp

Uma mulher de 26 anos foi buscar o filho em uma creche, em Patranoá, no Distrito Federal (DF), na última segunda-feira (6), e viu uma cena que nenhuma mãe gostaria de ver. O menino, que tem apenas 1 ano, estava trancado em uma sala infestada de baratas, com a luz apagada. Segundo moradores da região, o choro da criança era ouvido há meia hora.

Segundo o pai da criança, um estudante de enfermagem, o filho estava iniciando a segunda semana de adaptação na creche. O menino havia sido matriculado na instituição para que o pai pudesse começar um estágio. A oportunidade emprego acabou sendo perdida após a situação, já que o estudante teve que voltar a ficar em casa para cuidar do filho.

Ele relatou que a esposa foi buscar o filho no horário combinado com a creche, às 19h. Quando chegou encontrou o filho trancado, sozinho em uma sala escura cheia de baratas. Vizinhos estavam na porta e contaram para ela que o menino chorava desde as 18h30, e por isso decidiram arrombar a porta. A mulher gravou a cena e, com a voz chorosa ao fundo, narrou como encontrou o espaço em que estava a criança.

Criança sozinha

Apesar dos relatos, a creche afirmou, em nota a imprensa, que a criança não passou mais de cinco minutos sozinha e que “a direção agiu com prontidão, ordenando imediatamente que os portões fossem arrombados e que a criança fosse amparada, felizmente, sem qualquer ferimento”.

“No episódio em questão, a criança encontrava-se desacompanhada por aproximadamente cinco minutos em um espaço sem que tenha sido notada a sua ausência pelos nossos funcionários. Assim que tivemos conhecimento desse ocorrido, a direção agiu com prontidão, ordenando imediatamente que os portões fossem arrombados e que a criança fosse amparada, felizmente, sem qualquer ferimento”, disse a instituição, contrariando a versão de testemunhas.

“Contudo, lamentavelmente, o pai da criança, mesmo após a resolução pacífica desse incidente, invadiu as dependências da escola de forma agressiva, provocando danos materiais e proferindo ameaças à integridade física de nossos funcionários e familiares. Ressaltamos que estas ameaças já foram formalmente denunciadas às autoridades competentes, e a apuração dos fatos está sob segredo de justiça, devido à sensibilidade do caso, especialmente por envolver menor de idade”, diz a creche, em nota.

O pai conta que a mãe do filho está com bastante abalada psicologicamente, bem como a criança. “Meu filho é alegre, sorridente… Agora ele está choroso, acuado e agressivo”, lamenta. O estudante registrou um boletim de ocorrência sobre o ocorrido na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Ele e a família vão acionar o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e entrar com um ação judicial contra a creche por falso testemunho e pelo ocorrido. O homem afirma que já reuniu mais de 10 testemunhas e marcou encontro com um defensor público.

Fonte: Metrópoles

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!