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Durante a Operação Sfaira, deflagra nesta quinta-feira (7) pela Polícia Civil com o apoio da Brigada Militar (BM) em Canoas, os policiais encontraram um miniaparelho celular durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. O aparelho estava com um preso dentro da Penitenciária Estadual de Canoas (PECAN).
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De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, o preso cumpria pena no Presídio Central de Porto Alegre e é considerado o líder do grupo que está expulsando moradores de um condomínio habitacional no bairro Guajuviras. ”De lá, ele comandava o esquema”, afirma. Recentemente, conforme a polícia, ele foi transferido para a PECAN.
O telefone, que é do tamanho de uma tampa de caneta, acabou não sendo percebido pelos aparelhos de segurança do Complexo Penitenciário. O celular será utilizado para a continuidade da investigação
Após denúncia
Segundo Bertoletti, foram nove meses de investigação. O trabalho começou após uma série de denúncias relatando que criminosos estavam coagindo moradores a “cooperar” com o crime.
Os bandidos agem da seguinte forma: eles transformam os apartamentos em depósitos ou pontos para a venda de drogas. Além disso, eles fazem imperar a lei do silêncio em moradores que seguem no condomínio sob pena de expulsão ou até mesmo a morte de quem desobedecer.
“Foi extremamente difícil conseguir testemunhas dos fatos, pois a ordem dos criminosos é o silêncio sobre as atividades criminosas cometidas nos condomínios”, pontua Bertoletti.
Trabalho integrado
Foram cumpridas mais de 10 ordens judiciais. Mais de 50 policiais participaram da ofensiva. “Ações conjuntas, como a de hoje, têm contribuído significativamente para a redução de todos indicadores criminais em Canoas. Acreditamos que a união de esforços é fundamental para proporcionar segurança e bem estar à nossa comunidade”, pontua o Tenente-Coronel André Stein, Comandante do 15° BPM.
O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Cristiano Reschke, reforça a importância da operação integrada entre a Polícia Civil e Brigada Militar. “A ação integrada é enérgica, visando desarticular a atuação do tipo poder paralelo dessa organização criminosa nos condomínios.”