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O julgamento de Paula Caroline Ferreira Rodrigues, de 29 anos, está marcado para acontecer na próxima sexta-feira (15). Ela é acusada de matar o fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, de 22 anos, em Canoas.
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Presa desde 20 de outubro, a ré teve o pedido de liberdade ou prisão domiciliar negado pela juíza Geovanna Rosa da 1ª Vara do Júri da Comarca de Canoas, apesar de estar grávida. A reportagem da Agência GBC conversou com o advogado Rodrigo Schmidtt, integra a defesa. “Nós acreditamos plenamente na inocência da Paula. Ela não teria nenhum motivo para praticar o crime que é atribuído a ela. Nós acreditamos que ela será absolvida e que o Ministério Público não provou em nenhum momento que a Paula tivesse qualquer motivo para praticar esse crime”, pontua Schmidtt.
Relembre o caso
Segundo a investigação da Delegacia de Homicídios, o crime ocorreu em 2015 por ciúmes, já que a vítima teve um relacionamento com Paula, que na época era companheira de Juliano Biron da Silva, líder de facção. A polícia afirma que o fotógrafo foi torturado antes de ser morto com cerca de 19 tiros.
Nota da defesa na íntegra
“Existem alguns esclarecimentos pertinentes ao caso que deverão ser conhecidos pelo público, pois, até o presente momento, nem tudo que se sabe é verídico. Quanto ao dia 20 de outubro, que “supostamente” houve a captura da Paula, há que se falar que ela se entregou voluntariamente, a ponto de estarmos com todos os objetos pessoais dela dentro do carro, o que é sabido pelo DEIC, uma vez que solicitamos para entregar os itens a ela nos instantes que permaneceu lá.”
“Então, desde 20 de outubro, Paula vem enfrentando inúmeras injustiças. Ela está grávida e permanecendo em custódia do estado, mesmo sem oferecer algum risco pra garantia da ordem pública ou instrução criminal, uma vez que eu, Sofia, e a Dra. Robertha Machado fizemos uma reunião com a Dra Geovanna e informamos que Paula participaria do júri. Inclusive, insistimos que a data fosse aprazada o mais breve possível.”
“Ainda, se encontra em uma penitenciária que não fornece mínimas condições para gestantes. E, como já foi informado na mídia, duas presas perderam bebês nos últimos trinta dias.”
“No que toca a defesa, os advogados Sofia Santos de Freitas, Robertha Machado, Jean Severo e Rodrigo Schmitt, afirmam com a maior certeza que ninguém sabe de fato o que houve e as teses serão resguardadas até o dia do plenário, pois lá é o lugar do verdadeiro exercício da cidadania e democracia.”