CANOAS: Delegado detalha investigação contra grupo criminoso acusado de furtar R$ 10 milhões de empresa

Uma ex-funcionária da empresa é o principal alvo da operação

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A Operação Tênia, deflagrada na manhã desta quarta-feira (20) é resultado de uma investigação que apura uma série de furtos qualificados contra uma empresa. Em mais de quatro anos, foram desviados cerca de R$ 10 milhões.

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“Em agosto deste ano, começamos a trabalhar na identificação dos destinatários, quem se tratava e quais suas relações. Fizemos todo o trabalho investigativo para identificar todos os envolvidos e culminar na operação”, pontua o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).

Como funcionava o esquema?

Segundo a polícia, o principal alvo da operação é uma ex-funcionária da empresa. “Ela identificou algumas vulnerabilidades no setor em que ela trabalhava envolvendo a questão de pagamentos, transferências de valores, gestão de algumas contas e se valeu da confiança que era depositada pela função que ela exercia, pelo tempo de empresa e, de forma articulada, ela ia fazendo transferências mascaradas, junto com outras que eram verdadeiras”, explica Reschke.

Os desvios, conforme apurado pela investigação, ocorriam de forma sistemática. Ela realizava as transações bancárias para pessoas próximas a ela, amigos e familiares. No período dos furtos, o grupo adquiriu bens, abriram empresas de diversos ramos e começaram a usufruir de uma vida de alto padrão.

Foi identificado o envolvimento de, pelo menos, 30 pessoas no esquema criminoso. Eles, que foram alvos da operação nesta quarta (22), poderão responder, de acordo com a sua participação, pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado, estelionato, falsidades e receptação.

Afastamento e ameaças

Antes de ser demitida, a mulher apresentou atestado médico para se afastar da empresa. Desde então, ela começou a ameaçar funcionários que participavam de auditorias e a se desfazer dos bens, além de ocultar a participação societária em empresas onde investiu o dinheiro desviado.

Operação

Foram cumpridas mais de 60 ordens judiciais em Canoas, Porto Alegre, Ivoti, Estrela e Balneário Pinhal, no Rio Grande do Sul; Florianópolis e Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Mirassol e São Vicente, em São Paulo.

Duas pessoas foram presas em Canoas. A mulher, principal alvo da ação e um homem que é investigado por participar do esquema criminoso.

“As investigações prosseguem no intuito de responsabilizar todos os coautores, bem como para ressarcir o prejuízo das vítimas. Ainda há muito trabalho, são dezenas de participantes, mas estamos no caminho certo e a grande maioria já está identificadal”, reforça o delegado Reschke.

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