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Uma menina de 12 anos, identificada como Ana Luiza Gomes, foi encontrada morta em frente a uma residência na Rua Marrocos Filho, no bairro Bela Vitória, em Belo Horizonte (MG). Câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima entra no imóvel, às 10h13, acompanhada de um homem. Horas depois, às 13h30, o corpo da garota é deixado na calçada pelo indivíduo.
Investigado pela Polícia Civil, o caso aconteceu na tarde da última terça-feira (16). As imagens mostram o homem com a garota na colo, aparentemente desacordada, sendo abandonada no local.
Histórico do crime
De acordo com a Polícia Militar, o suspeito foi identificado como um homem de 25 anos, com passagens pelos crimes de estupro de vulnerável, tráfico de drogas e furto.
A corporação foi acionada e, ao chegar ao local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) já prestava atendimento. O óbito da menina foi atestado pelo médico que integrava a equipe de socorristas. O corpo da vítima foi reconhecido pelo pai.
Segundo um parente da vítima, o homem que aparece nas imagens é desconhecido da família. De acordo com ele, a menina morava no bairro Goiânia, na mesma região, com o pai e a irmã, de 10 anos.
Indícios de estupro
A Polícia Civil de Minas Gerais vê indícios de abuso sexual no corpo. Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Leandro Alves Santos, há indícios de “conjunção carnal”.
“A informação que nós temos é preliminar, da possibilidade de ter havido essa conjunção. Mas temos que verificar uma série de situações. Se houve a conjunção, se foi com aquele indivíduo. Tudo isso tem que ser verificado por meio de exames periciais”, disse ele durante entrevista coletiva para a imprensa na tarde da última quarta-feira (17).
De acordo com a polícia, os familiares da menina já teriam recebido a notícia sobre o estupro de uma fonte ligada às investigações.
Conforme a Polícia Civil, o local em que teria ocorrido o crime pertence a um parente do suspeito de 25 anos, que foi preso em flagrante. No local, foi encontrado um preservativo usado. No entanto, a PCMG adota cautela para confirmar o estupro.
“Há outros elementos (na casa), como fitas de vídeo. O local era utilizado por ele para uso de drogas e prática sexual. Não quer dizer que o preservativo está relacionado ao fato de ontem” explica a chefe do DHPP, Alessandra Wilke.
O que diz o acusado
À polícia, o suspeito disse que estava no campo de futebol do bairro Nazaré, quando a menina apareceu e lhe pediu água, pois passava mal, com falta de ar. O suspeito também disse que ela usava a droga loló, mas a droga não foi encontrada na casa. Os exames toxicológicos já foram solicitados para verificar se há algum vestígio do entorpecente no corpo da garota.
O homem relata, ainda, que levou a menina para dentro de casa, onde ela teria continuado a inalar loló. Ele alega que ela começou a sentir falta de ar, quando a levou para fora, na calçada, e acionou o SAMU.
A PMMG, no entanto, na ocorrência, alega que o relato do jovem “não condiz com as imagens”. Isso porque no vídeo é possível ver que o suspeito deixa a vítima na rua, “sem prestar socorro”.
Imagens ajudam na investigação
Conforme o boletim de ocorrência, nas imagens do circuito de monitoramento, é possível ver os dois entrando em uma casa por volta das 10h. Às 13h30, o jovem aparece com a menina desacordada nos braços. Ele a coloca no chão, entra na residência e fecha a porta.
O médico do SAMU responsável pelo atendimento afirmou que a vítima estava com o queixo rígido. Isso indica, segundo o registro no boletim de ocorrência, que “a morte ocorreu muito tempo antes do acionamento”. A perícia não identificou sinais de violência no corpo.
Ainda conforme a PMMG, o suspeito possui passagens por tráfico de drogas, furto e estupro de vulnerável.
Fonte: Metrópoles
